Tribunal absolve adeptos do Vitória de Guimarães de coima por cânticos e tarjas

  1. Tribunal Judicial de Guimarães absolve adeptos do Vitória de Guimarães de coima de 750 euros aplicada pela APCVD por cânticos e tarjas
  2. 20 de janeiro de 2024
  3. Cânticos e tarjas criticavam a LPFP, o seu presidente Pedro Proença, a polícia e o Governo
  4. Tribunal considerou que liberdade de expressão é direito fundamental

O Tribunal Judicial de Guimarães proferiu uma sentença a 20 de janeiro de 2024 que absolve dois adeptos do Vitória de Guimarães, clube da I Liga portuguesa de futebol, da contraordenação de 750 euros aplicada pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD).

A coima estava associada a cânticos e tarjas dirigidos à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), ao seu presidente Pedro Proença, à polícia e ao Governo, durante o jogo entre Vitória de Guimarães e Rio Ave, da 18.ª jornada da edição 2019/20 da I Liga portuguesa, realizado a 27 de janeiro de 2020.

Liberdade de expressão é direito fundamental

Na perspetiva da APCVD, os adeptos em causa teriam infringido o «dever de usar de correção, moderação e respeito» relativamente a diversos intervenientes no espetáculo desportivo. No entanto, o tribunal considerou que «a liberdade de expressão é um direito fundamental» e que as críticas dirigidas a instituições fazem parte do debate público, sendo protegidas por esse direito.

Segundo a sentença, a restrição a direitos fundamentais só é admissível se for adequada, necessária e proporcional à proteção de outros valores ou interesses constitucionalmente protegidos. Neste caso, o tribunal entendeu que a aplicação de uma contraordenação seria uma restrição desproporcional ao direito à liberdade de expressão, mesmo que as expressões usadas fossem «grosseiras e desrespeitosas».

Tarjas que criticavam o Governo não justificaram sanção

Relativamente às tarjas exibidas, que acusavam o Governo de corrupção e discriminação no futebol, o tribunal considerou que refletiam «uma acusação genérica» acompanhada de um apelo à intervenção governamental, não justificando a aplicação de uma sanção administrativa.

A decisão do tribunal reforça a importância da liberdade de expressão no contexto desportivo, mesmo quando esta envolve críticas duras a instituições e figuras públicas.

Bruno Lage reconhece exigência sobre o Benfica

  1. Lage recordou a vitória por 4-0 sobre o Atlético de Madrid, que na altura foi considerada contra «o pior Atlético de Madrid de todos os tempos»
  2. Lage defendeu que os jogadores não merecem sofrer os golos sofridos, tendo em conta o trabalho que realizam
  3. Lage afirmou que a exigência deve ser sempre acompanhada pelo «apoio fantástico» dos adeptos
  4. Lage considerou fundamental que os jogadores entendessem o momento do jogo e chegassem às suas posições, para depois saírem a jogar