O Rio Ave sofreu uma dura derrota por 0-4 diante do Sporting de Braga, deixando os adeptos vila-condenses bastante insatisfeitos, ao ponto de acenarem com lenços brancos ao treinador Luís Freire. No entanto, existem alguns fatores que explicam o menor desempenho da equipa, que se encontra num processo de reconstrução após uma profunda remodelação no plantel.
Plantel em transformação
Foram realizadas grandes alterações no grupo de trabalho, com a saída de 18 jogadores da época passada e a entrada de 18 caras novas, resultando num plantel com 18 nacionalidades diferentes. Naturalmente, existem dores de crescimento inerentes a estas mudanças, e o treinador Luís Freire necessita de mais algum tempo para colocar o Rio Ave no patamar que pretende.
«Esta equipa tem qualidade e capacidade e vai dar respostas boas», prometeu o treinador, que está no comando técnico do Rio Ave há mais de três anos. Em Vila do Conde acreditam que os resultados vão aparecer com naturalidade, pois Luís Freire já deu provas da sua competência, mesmo num período conturbado do clube, quando esteve um ano e meio sem poder inscrever novos jogadores.
Calendário desfavorável
Além disso, o sorteio do campeonato não foi favorável aos vila-condenses, pois nas cinco primeiras jornadas já enfrentaram Alvalade, o Dragão, Braga e, depois do Famalicão, terão uma visita ao Estádio da Luz. Luís Freire, que está sujeito à lei dos resultados, já esperava dificuldades no início desta temporada.
«As contingências da construção de um plantel de raiz implicam necessariamente tempo para o trabalho dar frutos», explicou o treinador. Nesse sentido, a receção ao Famalicão, na próxima sexta-feira, reveste-se de extrema importância para serenar um pouco os ânimos, abalados pela derrota em Braga.
