Ukra 'exemplo' e 'mais-valia' para o Rio Ave
Luís Freire, treinador do Rio Ave, aproveitou a conferência de antevisão da visita a Portimão para elogiar o legado e a conduta de Ukra que, na passada quarta-feira, anunciou que vai terminar a carreira, aos 36 anos, no final da corrente temporada.
Acho que toda a gente sabe aquilo que o Ukra é, mas não o sente tanto como nós. É um profissional de excelência, que treina no limite, com dores e, às vezes, em sacrifício. Não é só um jogador com sentido de humor, mas alguém que dá o exemplo aos mais jovens, puxa pelos colegas no plano da exigência e não admite grandes falhas à sua volta. É por isso que, depois, tem espaço para ser descontraído e foi uma grande mais-valia, destacou o treinador.
Ukra 'no mais alto patamar' da história do clube
Ukra está ainda disponível para os últimos dois jogos do Rio Ave na corrente temporada, mas depois vai pendurar as botas. Se o Rio Ave atingiu os seus objetivos nos últimos três anos, num período até um pouco difícil da sua história, é muito por causa de futebolistas como o Ukra. Ele tem um lugar no mais alto patamar da história do clube, seja pelo que mostrou quando jogava muito, fazia golos e foi para grandes clubes, mas também pelo que faz agora sem jogar tanto, acrescentou.
Apesar de colocar o «interesse coletivo à frente do individual», Luís Freire adiantou que o extremo «terá a oportunidade de voltar a jogar e de acabar a época com uma recordação bonita», numa altura em que é o sétimo jogador com mais jogos de sempre pelo Rio Ave.
Ukra deixará 'legado' a ser seguido
Temos tido um grupo de gente muito unida e próxima. Claro que há personalidades que são insubstituíveis, porque são únicas, mas outras também tem de aparecer com outras características. Não há ninguém igual a ninguém. Agora, penso que Ukra não deixará de estar no futebol português e de ser uma presença marcante, mesmo no Rio Ave. Vejo o exemplo e o legado que ele está a deixar e que terá de ser seguido por outros, pontuou ainda Luís Freire.
Rio Ave quer 'melhor classificação' e bater recorde
A semana tem sido de felicidade para os vila-condenses, que selaram a manutenção na jornada anterior, ao imporem-se na receção ao Vitória de Guimarães (2-1), beneficiando, depois, da derrota do Portimonense na visita ao recém-campeão nacional Sporting (0-3).
Alcançámos o primeiro objetivo, que era não descer diretamente, e o segundo, que seria evitar o play-off. Agora, queremos fazer melhor do que na época anterior, sabendo que é mais uma ambição do que uma obrigação e há uma pressão positiva. Além de melhorar a 12.ª posição alcançada em 2022/23, com 40 pontos, Luís Freire quer dilatar o recorde vigente de invencibilidade vila-condense na I Liga, que dura há dez jogos, ser a defesa com menos golos sofridos na segunda volta - contabiliza os mesmos 12 do Sporting -, e atingir a primeira vitória fora na prova ao fim de dez empates e seis derrotas.
Responsabilidade de 'sermos competitivos'
Queremos ser muito sérios, porque, além do Portimonense, estão outras equipas na luta [pela fuga à despromoção]. Sabemos que temos essa responsabilidade, na perspetiva de sermos competitivos e de conseguirmos dar o melhor para vencer o jogo. Ainda há bem pouco tempo estivemos nessa corrida e sabemos as emoções que se passam, destacou ainda Luís Freire.