O empate a 2-2 entre o Nacional e o Estoril, na 22ª jornada da Liga portuguesa, ficou marcado pelos comentários inflamados dos treinadores das duas equipas no final da partida.
Tiago Margarido, técnico do Nacional, considerou o resultado «bastante castigador» face ao que se passou em campo. «Entrámos no jogo com um erro e demos a vantagem ao adversário sem que ele tivesse feito nada por isso. A equipa continuou a trabalhar, foi atrás para tentar dar a volta e penso que conseguimos, de forma justa, chegar ao intervalo com o empate. Depois, a segunda parte foi só do Nacional. Tivemos 'n' oportunidade de golos para ganhar o jogo. Por isso, penso que é um resultado extremamente injusto perante aquilo que aconteceu e que nos penaliza», lamentou.
Acusações de racismo
Já Ian Cathro, treinador do Estoril, começou por agradecer a compreensão do Nacional, da Liga e da televisão por terem permitido adiar o jogo, devido a um longo atraso no aeroporto que afetou a sua equipa. Porém, Cathro revelou que houve «um momento, na primeira parte, de racismo contra um dos nossos jogadores». O técnico considerou que «não podemos esconder estes momentos» e que «temos todos uma grande responsabilidade nesta parte».
Sobre o jogo em si, Cathro considerou que foi «muito caótico, com pouca ordem» e com «muito pouco tempo útil de jogo». O treinador do Estoril acredita que a sua equipa tem de «crescer e aprender a jogar melhor enquanto estamos a ganhar», elogiando a atitude da sua equipa na parte final do encontro.
Objetivo é melhorar, não a manutenção
Questionado sobre a motivação da sua equipa, com a manutenção praticamente garantida, Cathro rejeitou falar em «manutenção» e afirmou que o objetivo é «melhorar», garantindo que o Estoril vai começar jogos a «estar por cima» e a «marcar primeiro».