A trágica morte de Juan Izquierdo, central do Nacional de Montevidéu que colapsou em campo durante um jogo da Taça Libertadores contra o São Paulo, abalou profundamente o clube brasileiro e os seus jogadores.
Izquierdo, de 27 anos, estava internado desde quinta-feira depois de ter tido uma indisposição em campo, vindo a falecer na terça-feira, 27 de agosto. A sua morte deixou o futebol de luto e não deixou indiferentes os jogadores do São Paulo, que prestaram várias homenagens ao uruguaio.
Homenagens do São Paulo
Antes do jogo com o Atlético Mineiro pela Copa do Brasil, o clube paulista observou um minuto de silêncio em memória de Izquierdo, tendo a claque do São Paulo lançado balões brancos das bancadas como forma de prestar a última homenagem.
Os jogadores do São Paulo foram mais além. Rafinha, Rato, Calleri, Galoppo e Michel Araújo manifestaram o interesse em viajar ao Uruguai para participar no velório do antigo jogador do Nacional, como forma de mostrar o seu apoio à família.
Solidariedade dos jogadores
Mexe muito connosco. É um companheiro de profissão, tem família, foi pai recentemente, com a vida toda pela frente, a carreira, tantas coisas. Sai tranquilo de casa, vai para um jogo e não volta mais. Isso mexe connosco. Consumiu-me muito, explicou Rafinha aos jornalistas, confirmando a intenção de estar presente no último adeus em Montevidéu.
O capitão do São Paulo sublinhou que os jogadores «acompanharam, ajudaram, foram ao hospital» e que, se fosse com eles, ficariam felizes por ter a mesma atenção. Pedimos a Deus para confortar a família, todos estamos destruídos mentalmente, magoou-nos muito. Vamos viajar esta manhã para o Uruguai para acompanhar, acrescentou.
Críticas à gestão do clube
Rafinha também deixou críticas ao facto de o plantel não ter sido consultado sobre ir a jogo frente ao Atlético Mineiro, poucos dias depois do trágico episódio. Se eu disser alguma coisa podem interpretar 'Como o São Paulo perdeu...'. Mas há que ver o lado pessoal, o lado humano. Ninguém nos consultou para saber se tínhamos cabeça para jogar. Nós que estamos no campo, que vemos o lado mais humano, sofremos. Se fossem consultar, muita gente diria que não estava bem. Mas já passou, não há que reclamar. Mas as pessoas têm de pensar no lado humano, não é fácil, depois da tragédia, voltar cinco dias depois..., frisou.