Mentalidade e vontade de vencer marcam vitória do Fafe sobre Moreirense na Taça de Portugal

  1. Vitória do Fafe na Taça de Portugal
  2. Moreirense perdeu por falta de agressividade
  3. Fafe acreditou até ao fim
  4. João Gonçalo destacou-se na baliza

O confronto da terceira eliminatória da Taça de Portugal entre Fafe e Moreirense não ficou marcado apenas pelo resultado inesperado, mas também pelas profundas reflexões dos treinadores Vasco Botelho da Costa e Mário Ferreira, que deram importantes lições sobre a mentalidade e motivação na vitória do Fafe.

Ambos os treinadores analisaram o jogo em termos de atitude, controlo emocional e capacidade de lutar até ao fim, fatores que, segundo eles, foram decisivos para o desfecho da partida.

Vontade de vencer determinante para Moreirense

Vasco Botelho da Costa, técnico do Moreirense, sublinhou que a vontade de vencer foi o fator-chave na derrota da sua equipa: “Foi um jogo equilibrado do princípio ao fim, nós em nenhum momento do jogo conseguimos fazer a diferença, principalmente do ponto de vista ofensivo, que era a expectativa. Acabou por ser um jogo disputado, decidido numa bola parada.”

O treinador explicou ainda que a equipa se acomodou à ideia de que iria marcar, perdendo agressividade e concentração: “Pelo contrário, o Fafe começou a acreditar mais. E, antes de pensarmos na parte tática, temos de perceber que se não quisermos mais ganhar o jogo do que o adversário, não vamos ter sucesso.”

Reflexão sobre a mentalidade da equipa

Vasco Botelho da Costa assumiu a responsabilidade pela derrota e destacou a importância da preparação mental: “Não se trata de desvalorizar. Foi daqui que eu vim, desta realidade. Os jogadores estavam mais do que avisados. Tem a ver com a disponibilidade mental em função do que ia acontecendo no jogo.”

“Entrámos ligados, mas acabámos por baixar os índices de agressividade e concentração e, com isso, o Fafe foi tendo confiança. Um bom banho de humildade para todos nós, a começar pelo treinador. Temos de lembrar-nos deste dia até ao final da época.”

A influência da arbitragem no jogo

Sobre a arbitragem, Vasco Botelho da Costa referiu uma condicionante importante: “Eu conheço o Ricardo Baixinho, é um árbitro pouco condescendente e senti que, a partir do momento em que o Benny tinha amarelo naquelas condições, podia ser expulso a qualquer momento. Fomos condicionados, responsabilidade nossa.”

Estado atual e balanço da equipa

Quanto ao momento do Moreirense, o treinador reconheceu a má fase, mas manteve a visão crítica e construtiva: “Estamos com duas derrotas seguidas, o que é negativo. Foi um jogo fraco, temos de assumi-lo. O futebol é o jogo em que duas forças lutam e quem tem a atitude certa e domina os duelos consegue a vitória.”

“Não fizemos o mais importante: ter a atitude certa para fazer a diferença.”

Fé e resiliência do Fafe

Mário Ferreira, treinador do Fafe, salientou a crença da equipa como fundamental para o triunfo: “O segredo esteve muito no acreditar. Jogo complicado, a meteorologia não ajudou, mas acreditámos que era possível.”

“A nossa equipa foi crescendo no jogo e o Moreirense foi diminuindo a expectativa. Conseguimos chegar à vantagem e controlar o jogo.”

Preparação e objetivos do Fafe

Sobre a preparação para o encontro, Mário Ferreira disse: “Não há receita. Estes jogadores têm qualidade para este tipo de situações. Estávamos preparados para tudo: controlar o jogo quando fosse possível e lidar com a pressão ofensiva do adversário.”

Quanto aos objetivos, acrescentou: “O nosso objetivo é dia a dia, jogo a jogo. Podemos competir contra qualquer adversário, seja da primeira ou segunda Liga.”

Orgulho, vontade e destaque na baliza

O técnico do Fafe realçou a importância do orgulho e da vontade de vencer: “Os jogadores têm de ter orgulho, seja pelos três pontos ou pelo trabalho feito durante os 90 minutos.”

Quanto à exibição individual, destacou João Gonçalo na baliza: “Excelente. Chegou há pouco tempo, assimilou as ideias, e fez uma partida muito boa.”