O candidato à presidência do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, revelou em entrevista ao jornal O JOGO que ficou surpreendido com a saída do antigo treinador Rui Borges a meio da época. Cardoso explicou que esperava que o técnico ficasse «muitos anos», mas aceitou a situação, afirmando que «faz parte do futebol».
Apesar da saída inesperada de Rui Borges, Cardoso garantiu que a transferência do treinador trouxe «dinheiro para o Vitória», algo que o dirigente considera natural no futebol. «Perspetivo muito mais um líder, um treinador que quando começa uma época a acaba. Acho que um líder faz mais sentido dessa forma. Depois, se tiver sucesso no final, vai para outro clube. Um treinador não é um jogador. Um jogador quer ser transferido, quer outra experiência. É mais jovem, tem outra mentalidade. Faz-me alguma confusão que o líder do balneário queira sair a meio da época...», explicou Cardoso.
Necessidade de vender jogadores
Apesar das vendas de jogadores terem atingido valores recorde, Cardoso garantiu que o Vitória «precisa de vender» devido à sua situação financeira. «Não vale a pena acreditarmos que, sem vender, poderíamos sobreviver. Estava à espera de fazer as vendas no final da última época. Percebemos que as coisas não estavam a acontecer, mas investimos claramente na aposta nas competições europeias e foram tomadas decisões em que não quisemos vender determinados ativos», referiu.
Planos para o novo mandato
Quanto aos planos para o seu novo mandato, Cardoso admitiu que «num clube como o Vitória vão sempre faltar coisas». O dirigente destacou a necessidade de resolver a questão da nova academia, dar continuidade ao trabalho na formação e apostar nos jovens na equipa principal. Cardoso revelou ainda que teve «muitas dúvidas» sobre a recandidatura, devido à «grande responsabilidade» do cargo, mas acredita que pode fazer mais pelo clube.