O advogado de 47 anos, que atualmente preside à Associação de Futebol de Lisboa (AFL), acredita que vai conseguir mais votos do que o seu adversário, Pedro Proença, junto dos delegados e presidentes das associações distritais e regionais, apesar de muitos deles terem subscrito a candidatura rival.
«Eu tenho dito, muitas vezes, a brincar, que o próximo presidente da FPF tem um grande desafio, mas apenas um, que é não estragar o que Fernando Gomes fez», afirmou Nuno Lobo, em entrevista à agência Lusa, elogiando o legado do atual líder federativo.
Liderar com "coração" e proximidade
Apesar de considerar que é possível "fazer ainda mais", Lobo quer ser a "continuidade" de Gomes, embora com uma liderança diferente, com o objetivo de "humanizar mais o futebol" e "trazer o coração para o futebol", através de uma maior proximidade com os agentes desportivos de todo o país.
«Eu quero estar em Bragança, no Algarve, no Faial, na Madeira... acho que é isso que ainda falta, que cada um dos agentes desportivos sinta a FPF como a sua casa», apontou.
Candidato das "bases" contra o "poder instalado"
Nuno Lobo, que se assume como um candidato das "bases", acredita que vai conseguir o apoio da maioria do movimento associativo, que representa metade do colégio eleitoral da FPF, numa candidatura que diz ser "das bases contra o sistema, o poder instalado no futebol, há tantos e tantos anos".
Apesar de apenas o Vitória de Guimarães, das competições profissionais, ter manifestado publicamente o seu apoio, Lobo acredita que vai conseguir o voto de "muitos e muitos clubes" no sufrágio secreto, uma vez que, segundo o próprio, "os clubes, muitas vezes, sentem-se coagidos a serem politicamente corretos, naquilo que é o apoio público".