O Vitória de Guimarães voltou a desperdiçar uma vantagem de dois golos, desta vez diante do Arouca, culminando no quinto empate consecutivo da equipa no campeonato. Após o jogo, os jogadores Nuno Santos e Luís Freire falaram em «descontrolo emocional» da equipa.
Especialista em psicologia defende que problema já é abordado internamente
Segundo a especialista em psicologia do desporto Filipa Marques, este tipo de situação já deve ter sido abordada internamente no grupo. «Quando um jogador vem falar que houve um descontrolo emocional, é porque provavelmente é algo que eles também já andam a abordar no balneário», explicou. A "mental coach" acredita que, em momentos de pressão e adversidade como os que o Vitória atravessa, os jogadores acabam por deixar que as emoções influenciem a sua exibição, o que se traduz em "reações mais impulsivas, falta de clareza na tomada de decisão e, depois, isto vai aumentar os erros e também falhas na comunicação entre os jogadores".
Mudança de treinador não ajuda a estabilizar a equipa
A mudança recente de treinador no Vitória também não tem ajudado a estabilizar a equipa. Filipa Marques defende que, com os resultados menos conseguidos, surge a "falta de confiança", o que, aliado à mudança de treinador, "aumenta o medo de falhar". «Uma equipa entra em campo já a carregar esta pressão do histórico. Depois, há contratempos. Há um golo sofrido, o segundo. Também houve decisões dos árbitros que influenciaram o resultado. Isto vai desencadear reações emocionais descontroladas, os jogadores perdem a concentração. E, ao perderem a concentração, também há um aumento das decisões mais impulsivas», explicou a especialista.
