Uma época histórica
Depois dos justos festejos pelo brilhante percurso do Vitória SC na Liga Conferência, é altura de olhar para o futuro com serenidade, mas também com uma ambição que não pode ser desiludida. O clube minhoto alcançou os oitavos de final da prova, vencendo dez dos doze jogos disputados (empatando os outros dois), estabelecendo um novo recorde de vitórias de equipas portuguesas em competições europeias (nove) e sendo o maior contribuinte líquido desta época para os preciosos pontos de Portugal no ranking da UEFA. Os conquistadores são a única equipa nacional ainda invicta nas competições europeias.
Um feito de enorme prestígio
Simultaneamente, o Vitória SC provou que não são apenas o Sporting, o FC Porto ou Benfica que contribuem para o prestígio e pontuação das equipas portuguesas na Europa, ao mesmo tempo que conseguia um brilhante segundo lugar na fase de grupos da Liga Conferência, apenas atrás do Chelsea. Ficou à frente da Fiorentina, o seu mais recente adversário na competição.
Uma oportunidade única
Para lá do sucesso desportivo, do inerente prestígio do clube e da valorização dos seus jogadores (e treinador), a SAD do Vitória SC já arrecadou dez milhões de euros em receitas da prova e pode ainda aspirar (desportiva e financeiramente) a muito mais. «Não dá para loucuras, nem elas são desejáveis, mas dá seguramente para um conforto que no início da época não era expectável e, portanto, abre perspetivas para reforçar a ambição com medidas concretas, através de passos seguros e bem medidos», afirmou uma fonte do clube.
Ambição de chegar à final
Todos no Vitória SC têm consciência de que, pela primeira vez na sua História, o clube vê no horizonte (ainda longínquo mas possível), a possibilidade de disputar uma final e, quem sabe, ganhar uma competição europeia. «E oportunidades dessas não aparecem todos os dias. Prova disso é que esta é a primeira em 102 anos de História!», frisou a mesma fonte.
Oitavos de final da Liga Conferência
Com todo o respeito pelos possíveis adversários nos oitavos de final, dos quais o Real Betis é o mais complicado pela valia desportiva e pelo peso de Espanha na UEFA, o Vitória SC sabe que Gent, Copenhaga e Heidenheim são equipas perfeitamente ao seu alcance. Enquanto os sevilhanos, embora mais difíceis, também não assustam.
Reforçar o plantel em janeiro
E ultrapassados os oitavos de final, encontrará nos quartos de final uma equipa que, face aos emparelhamentos para o play-off e fase final da competição, também não será especialmente complicada, deixando para as meias-finais e final os ossos mais duros de roer. Mas para roer esses ossos é preciso lá chegar, e é disso que o Vitória SC tem de tratar de forma expedita, inteligente e ambiciosa, com olhos em fazer História como o clube nunca tinha feito.
Não vender nenhum jogador
«Todos são necessários, porque a época começou há muito tempo, é muito longa, há lesões e baixas de formas e a equipa está em três frentes (e não está em quatro porque a sociedade Veríssimo & Pinheiro não deixou), com legítimas ambições em todas elas», explicou a fonte do clube.
Reforços prioritários
A segunda coisa indispensável é reforçar criteriosamente o plantel, que está muito bem na baliza, nos centrais, nos laterais direitos e nos médios, razoavelmente bem nos extremos, mas tem duas lacunas que importa preencher. Uma evidente, no setor dianteiro, onde é «indispensável contratar um goleador». E outra latente, na lateral esquerda, onde é preciso um alternativa a João Mendes, que desde a saída de Ricardo Mangas ficou a ser opção única para o lugar.