O técnico do Vitória de Guimarães, Rui Borges, tem plena consciência do desafio que representa enfrentar o FC Porto, mas acredita firmemente no processo e no valor da sua equipa, sem olhar ainda para a classificação.
«A luta são os três pontos. O meu discurso vai nesse sentido. Preocupado com o jogo, porque é o próximo, frente a uma equipa competitiva, a querer entrar forte, uma equipa grande nesse sentido. Mas vai encontrar uma equipa forte e moralizada. Vamos ser nós próprios sem fugir àquilo que temos apresentado», sublinhou o treinador, que se diz pronto para mais um teste.
Desafios constantes e falta de valorização
Rui Borges acredita que os desafios têm sido sempre constantes, e lamenta a falta de valorização do trabalho bem feito. «De forma geral, na sociedade portuguesa, arranjamos sempre forma de não valorizar muito quem faz as coisas bem. Com o Floriana era um adversário fraco e tínhamos obrigação, com o Zurique igual, depois, no campeonato, com o Famalicão é que vão ser postos à prova, não, agora é com o SC Braga. Não valorizamos muito o que se faz de bom.»
Preparação para o FC Porto
Para este jogo, o treinador acredita que o FC Porto possa fazer «uma ou outra alteração na frente e coloque muita intensidade». «Há jogadores que dão coisas diferentes, pois o Namaso dá umas coisas e outros dão outras. Do outro lado há qualidade acima da média e qualquer erro pode custar caro. Não vamos fugir daquilo que temos sido.»
O jogo com o Sp. Braga
Rui Borges não confirma a ausência de Mikel Villanueva, que saiu lesionado no último encontro, e insiste na concentração como fator-chave. «Mikel continua em dúvida, é uma questão de dia-a-dia, por isso até à hora do jogo não é fácil prever. A concentração frente a estas grandes equipas é essencial. Se mantivermos o rigor acredito que vamos fazer um belíssimo jogo.»
Vitória no dérbi regional
O treinador refere que o triunfo no dérbi, frente ao SC Braga, é especial pelo sentimento que deixa nos adeptos, no entanto ressalva que foram apenas mais três pontos. «Vale o dobro por aquilo que representa para todos os adeptos, isso sim. Para mim, vale três pontos. Sente-se sempre mais qualquer coisa, pois sei o que significa para os adeptos.»
