O presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, marcou presença no último dia do Thinking Football e aproveitou a oportunidade para abordar diversos temas relevantes para o clube minhoto.
Cardoso deixou claro que o Vitória «deve ser dos sócios» e que essa é uma característica muito importante para o clube. Apesar de reconhecer que a tendência internacional é de clubes com investidores externos, o presidente afirmou que o Vitória «não gostaria que algum dia esse modelo acabasse». Por isso, disse que o clube tem de tomar «decisões que muitas vezes são difíceis» para manter o controlo dos sócios, mesmo que isso signifique recusar propostas de investidores.
Cobiça em torno de jogadores
Outro tema abordado por Cardoso foi a cobiça que existe em torno de jogadores como Tomás Händel. O presidente admitiu que «vai custar muito o dia em que o Händel tiver de sair» do Vitória, reconhecendo a qualidade do médio. Cardoso elogiou Händel, afirmando que ele «é alguém que passa para o balneário tudo o que é ser Vitória» e que é atualmente a «bandeira» do clube, tendo chegado aos escalões de formação.
Fosso entre os grandes e o Vitória
Questionado sobre o fosso entre o «top-4» (Benfica, FC Porto e Sporting) e o Vitória, Cardoso discordou dessa classificação, afirmando que a Liga tem «praticamente 36 clubes» e que «todos os anos uns sobem, outros descem». O presidente defendeu que todos os clubes devem ter «o máximo de respeito», reconhecendo que os três grandes têm «mais sucesso desportivo pela história», mas que há outros clubes que os «acompanham» em determinadas fases.
Finalmente, Cardoso abordou a sua recandidatura à presidência do Vitória, afirmando que ainda não tomou essa decisão, mas que enquanto estiver no cargo vai trabalhar «todos os dias para o crescimento do clube». O presidente garantiu que, quando entregar o clube, vai fazê-lo «melhor do que o encontrou».