Vitória de Guimarães na iminência de reerguer prestígio europeu

  1. O Vitória de Guimarães tem 3 apuramentos consecutivos para competições europeias
  2. A qualificação para a Liga Conferência Europa vale 4 milhões de euros
  3. O Vitória tem um passivo de 17 milhões de euros anuais até 2025
  4. O Vitória já disputou mais de 100 jogos europeus desde 1969/70

Jogo europeu decisivo para as contas do clube


O próximo encontro europeu do Vitória de Guimarães é visto como um momento crucial para os vimaranenses, segundo um artigo de opinião assinado por André Coelho Lima, adepto do clube. O autor reconhece que, apesar da primeira derrota da época, «o Vitória tem três apuramentos consecutivos para as competições europeias, mas nos dois anteriores não logrou atingir a fase de grupos. É por isso muito que está em jogo.»


De facto, a qualificação para a fase de grupos da Liga Conferência Europa representa um encaixe financeiro imediato de 4 milhões de euros, algo que o autor descreve como «imprescindível para contribuir para o equilíbrio das nossas contas que, além da dimensão inacreditável do passivo que acumulámos, são deficitárias em €17M/ano até dezembro/2025.»

Recuperar o prestígio europeu do Vitória


Mas o autor vai mais longe, afirmando que está também em jogo «colocar o Vitória em posição de poder readquirir o seu prestígio europeu, que nos distinguiu particularmente nas décadas 80 e 90 do século passado.» De facto, o Vitória já disputou mais de 100 encontros europeus desde a sua estreia em 1969/70, tendo vencido «adversários temíveis e granjeado prestígio e sobretudo reconhecimento internacional.»


Segundo o autor, a qualificação do Vitória para a fase de grupos da Liga Conferência Europa pode ajudar a combater o «queixume irritantemente inconsequente acerca dos responsáveis pela descida de Portugal no ranking da UEFA.» O autor considera que «o não apuramento dos clubes portugueses para a fase de grupos da Liga Conferência, desde que existe esta competição, tem sido apontada como a responsável por essa descida de Portugal e ultrapassagem pela Holanda, mas independentemente da segurança aritmética dessa afirmação, todos apontam ser essa circunstância reveladora do desequilíbrio existente no futebol português entre os três habitualmente primeiros e os demais.»

Confiança no trabalho da equipa técnica


Apesar da derrota sofrida no último jogo, o autor mantém a confiança no trabalho da equipa técnica liderada por Rui Borges, afirmando que «não éramos os melhores ontem como não passámos a ser os piores hoje. Há coisas a corrigir, para o que deposito plena confiança em Rui Borges, que já demonstrou saber o que faz. E afinal, o saldo de golos continua a ser 15-1. Continuemos a confiar no excelente trabalho que tem sido feito.»