Treinador lamentou a saída atribulada do clube minhoto
Álvaro Pacheco partiu este domingo rumo ao Brasil, onde vai orientar o Vasco da Gama. Aos jornalistas, no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, mostrou-se confiante do que poderá fazer do outro lado do Atlântico, mas sem esconder a mágoa pela saída atribulada do clube vimaranense.
«Aquilo que me deixa triste, e que eu já sentia há muito tempo, é que não era o treinador do futuro e do projeto do Vitória. Por isso, ainda em abril, aceitei a proposta do Vitória de rescindirmos o contrato para a próxima época e após a data, cada um seguiria o seu caminho. Contudo, três dias antes do jogo do Arouca soube que tal não aconteceria. Se me perguntarem porque não o pude fazer, têm que perguntar ao presidente. Eu sei, posso provar e vou provar que queria fazer o jogo», prosseguiu.
Rescindir contrato não se concretizou
O técnico explicou que aceitou a proposta do Vitória de rescindir o contrato para a próxima época, com a intenção de seguir caminhos separados após o final da temporada atual. No entanto, três dias antes do jogo com o Arouca, Pacheco foi informado de que tal não aconteceria, algo que o deixou surpreendido.
«Uma coisa é certa, posso provar aquilo que estou a dizer. O presidente sabe o que é que disse, mas eu também sei aquilo que disse e o que vou fazer, que é avançar com a queixa-crime. Porque se eu consigo provar então nos locais próprios vamos resolver isso», ameaçou Pacheco.
Novo desafio no Vasco da Gama
Apesar da mágoa pela saída, o treinador mostrou-se confiante no novo desafio que o espera no Brasil. «O Vasco da Gama é uma grande oportunidade, vou treinar um grande clube brasileiro e mundial. Para mim, é um orgulho muito grande, vou com muita vontade de trabalhar. Vai voltar a ser gigante. Vou com muita vontade de trabalhar, ajudar o Vasco a ir para os patamares que merece e regressar aos momentos das decisões e títulos. Vejo muito potencial no plantel. Vou com muita ilusão de juntos sermos capazes de escrever uma página bonita pelo Vasco.»
Desejou sucesso aos outros treinadores
Antes de partir, Pacheco deixou ainda uma palavra de apreço aos treinadores que conquistaram o título na I Liga (Rúben Amorim, do Sporting) e a subida de divisão na II Liga (Vasco Seabra, do Santa Clara, e Tiago Sousa, do Nacional). Além disso, desejou uma rápida recuperação aos clubes de Chaves e Vizela, que desceram de divisão.
«Dar os parabéns ao Rúben [Amorim] pela conquista da Liga, foi merecido, a melhor equipa do campeonato. Parabéns ao Vasco [Santa Clara] e ao Tiago [Nacional] pela subida de divisão. Uma palavra também aos Chaves e ao Vizela, que regressem rapidamente ao primeiro patamar, porque merecem estar entre os grandes», finalizou.