Encontro reedita confronto da época anterior
Um ano depois, Belenenses e Gil Vicente voltaram a defrontar-se na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Tal como na temporada passada, os gilistas impuseram-se, desta vez com um resultado ainda mais favorável: venceram no Restelo por 2-0, depois de em 2022/23 terem triunfado por 2-1.
Entre o líder da Série B da Liga 3 e o 9.º classificado da Liga, disputou-se o 40.º confronto direto, que proporcionou um encontro bem disputado, com algumas oportunidades para a equipa da casa na primeira parte. No entanto, no final, o triunfo sorriu aos minhotos graças a uma segunda parte mais afirmativa e a dois golaços que decidiram o rumo da partida e da eliminatória.
Golaços decidem a eliminatória
Aos 59 minutos, Tidjany Touré recebeu a bola pela esquerda, fletiu para dentro e rematou de forma espetacular, cruzado e indefensável para o guarda-redes David Grilo. Pouco depois, aos 66', Jorge Aguirre também brilhou, atirando de primeira e à meia-volta no interior da área após um cruzamento de Diego Colado.
O emblema de Barcelos carimbava, desta forma, o acesso à próxima fase da prova rainha. Já os locais esforçaram-se por tentar entrar no resultado e na discussão da eliminatória, porém sem sucesso.
Treinador do Gil Vicente assume responsabilidade
Em declarações à imprensa, o treinador do Gil Vicente, Bruno Pinheiro, assumiu a responsabilidade da sua equipa na eliminatória, afirmando: «A responsabilidade é do Gil Vicente. Não há como negar isso e, sinceramente, gosto de ser o favorito. Como treinador, procuro sempre desafios que me permitam vencer o máximo de vezes. Uma coisa é ter essa vantagem no papel, outra é provar esses argumentos no relvado».
Pinheiro adiantou ainda que dará oportunidade a alguns jogadores menos utilizados, reconhecendo que o Belenenses se apresentará «motivado» para este desafio. «Não diria que vamos poupar jogadores, mas sim que faremos algumas alterações. São jogadores que não têm jogado tanto e nos quais confio totalmente para esta eliminatória. Sabemos que o Belenenses estará galvanizado pela diferença de escalões e pelo mediatismo do jogo. Cabe-nos ser competentes tanto a decifrar a estratégia adversária como a criar oportunidades para marcar», assegurou.
O técnico expressou também alguma nostalgia pelo regresso ao Restelo, onde treinou de 2007 a 2013: «Prefiro jogar à noite, pelo ambiente, as luzes, o relvado húmido... mas o horário não serve de desculpa, até porque treinamos mais cedo do que isso todos os dias. Será especial voltar ao Restelo. Costumo ser associado ao Estoril, onde treinei a nível profissional, mas o Belenenses também é um clube especial para mim. Passei seis anos nos escalões de formação e certamente reencontrarei alguns amigos, como o roupeiro, o Nuno Tomás e o Gonçalo Maria, que fizeram parte da minha história».