A reunião de associados, embora menos concorrida do que a anterior, despertou grande interesse devido à presença de André Villas Boas, que anunciou formalmente sua candidatura à presidência. Esta intervenção, segundo alguns, marcou um momento histórico para o FC Porto, já que pela primeira vez em 40 anos, Jorge Nuno Pinto da Costa apresentou-se como um candidato e não apenas como a figura incontestável do clube.
No entanto, as palavras de Pinto da Costa não foram bem recebidas por todos os associados. Houve troca de acusações e críticas entre o atual presidente e Villas Boas, com argumentos sobre a competência e o apoio dos jornais da capital. Essa troca de palavras gerou preocupação em alguns setores do clube, que começam a questionar a aparente vitória garantida de Pinto da Costa nas próximas eleições.
Além disso, a aprovação das contas do clube pela margem mínima de 53% dos associados presentes demonstra que nem todos estão satisfeitos com a atual gestão. A abstenção de muitos associados foi vista como um voto de protesto e indica que cerca de 47% dos associados não estão totalmente a favor das contas.
Por fim, é importante destacar o ambiente conturbado em torno do clube, que afeta não apenas os associados, mas também o desempenho da equipa. A derrota frente ao Barcelona e as críticas ao treinador Sérgio Conceição colocam ainda mais pressão sobre a atual direção do clube.
Em resumo, a AG do FC Porto foi marcada por um debate acalorado entre Pinto da Costa e André Villas Boas, com acusações mútuas e troca de críticas. A aprovação das contas do clube pela margem mínima reflete a insatisfação de parte dos associados, enquanto a derrota frente ao Barcelona aumenta a pressão sobre a equipa e o treinador Sérgio Conceição.