O FC Porto foi multado em 12.750 euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), numa decisão que resulta de uma alegada pressão exercida sobre o árbitro Fábio Veríssimo durante o intervalo do encontro com o Sporting de Braga, realizado a 2 de novembro. O incidente ocorreu no Estádio do Dragão, onde, conforme o relatório do árbitro, foi instalada uma televisão no balneário, exibindo repetidamente lances que realçavam erros do juiz da partida. Este ato é considerado uma violação grave, levando a FPF a instaurar um processo disciplinar ao clube, culminando nesta multa.
O árbitro Fábio Veríssimo manifestou o seu desagrado ao deparar-se com um dispositivo a transmitir ações do jogo em loop, o que, segundo ele, foi feito com a intenção de influenciar o seu desempenho para a segunda parte. O jogo da 10.ª jornada da I Liga terminou com a vitória do FC Porto sobre o Braga por 2-1, mas o comportamento do clube durante o intervalo levanta questões sérias sobre a ética desportiva.
Multas e Penalizações
Além da multa aplicada referente a este incidente, o FC Porto também enfrenta um total de 20.981 euros em penalizações relacionadas com o jogo contra o Alverca, onde a equipa triunfou por 3-0. A penalização deve-se, em grande parte, ao uso de engenhos pirotécnicos por parte dos adeptos e à má conduta destes, incluindo insultos dirigidos ao árbitro João Pinheiro. O clube recebeu ainda sanções pelo atraso no reatamento do jogo, que se prolongou por três minutos após o intervalo.
Essas multas refletem um clima de tensão nas bancadas e a necessidade de medidas disciplinarizantes mais rigorosas para garantir a integridade dos jogos e a proteção dos árbitros, que desempenham um papel crucial na justiça desportiva. A reputação do FC Porto pode ser afetada por estes incidentes, levantando debates sobre a responsabilidade dos clubes e dos seus adeptos.
Impacto na Classificação e Ética Desportiva
Atualmente, o FC Porto lidera a tabela da I Liga, somando 43 pontos, cinco a mais que o Sporting, que ocupa o segundo lugar, e oito acima do Benfica, que está em terceiro. No entanto, este cenário não apenas afeta a imagem do clube, mas também suscita preocupações sobre a pressão que os árbitros estão sujeitos, em função das reações dos responsáveis pelo futebol em Portugal. A conduta de clubes e adeptos pode influenciar a forma como os árbitros atuam, promovendo um clima que pode comprometer a imparcialidade.
É fundamental que a FPF tome medidas adequadas para lidar com essas situações e que os clubes promovam comportamentos que respeitem a ética desportiva. A proteção dos árbitros e a manutenção da integridade das competições devem ser uma prioridade, assegurando que os jogos sejam disputados em condições justas para todas as partes envolvidas.