Ricardo Quaresma, antigo extremo do FC Porto, expressou a sua tristeza face à crise que o clube enfrenta. Em declarações recentes, ele afirmou: ““Fui ver o Palmeiras - FC Porto [0-0]. Este não é o FC Porto a que nos acostumámos ver jogar e ganhar. É normal que os adeptos não estejam contentes, porque o portista não está habituado a ficar tanto tempo sem ganhar títulos.”” Quaresma, que representou o emblema 'azul e branco' em duas passagens, demonstra uma forte ligação emocional ao clube e uma preocupação genuína com a sua evolução.

A situação torna-se ainda mais crítica quando se fala na continuidade do treinador Anselmi. Quaresma revelou: ““Venha quem vier, que seja alguém que ajude o meu clube a voltar aos títulos.”” Esta afirmação reflete um anseio por um novo começo, onde um futuro treinador precise de ““perceber o clube que vem representar, o que é o FC Porto””. As aspirações de Quaresma mostram a necessidade de um retorno à glória, onde conquistar títulos era a norma.

A crise no FC Porto

Recentemente, as más prestações da equipa foram cruciais para a decisão do presidente de despedir o técnico argentino, cuja rescisão pode custar cerca de sete milhões de euros. Este momento é descrito como a ‘gota de água’ após um fraco desempenho no Mundial de Clubes. O ex-jogador vê essa situação como uma oportunidade para reiniciar, enfatizando que a identidade do clube precisa de ser restaurada.

Além disso, Quaresma também dirigiu críticas ao atual formato do Mundial de Clubes, valorizando a necessidade de se respeitar mais os jogadores. Ele comentou: ““Não vou entrar nessas guerras, até porque já não jogo à bola, mas acho que têm de começar a pensar em respeitar mais os jogadores, apesar de saber que há outros interesses.”” A sua perspectiva revela uma preocupação com a carga de jogo que os atletas têm de suportar, especialmente no final da temporada.

Salário de Andoni Zubizarreta

Por outro lado, Francisco J. Marques, antigo diretor de comunicação do FC Porto, levantou questões sobre o salário elevado de Andoni Zubizarreta, o diretor desportivo do clube. Ele afirmou: ““O diretor desportivo do FC Porto, Andoni Zubizarreta, aufere um salário mensal de 52 mil euros, 728 mil euros anuais, o que faz dele o mais bem pago na história do FC Porto, não se tratando de um jogador ou de um treinador.”” Marques sugeriu que, dado o desempenho da equipa, esse valor é injustificável.

Marques sublinha o forte contraste entre o atual salário de Zubizarreta e o que Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do clube, recebia quando conquistou títulos. Ele não hesitou em criticar a direção do clube, afirmando que esta foi a ““pior época do FC Porto””, referindo-se também às ““humilhações com o Benfica e humilhações internacionais, quer na Liga Europa, quer no Mundial de Clubes””.

A insatisfação dos adeptos

Concluindo, a combinação de críticas de figuras influentes como Quaresma e Marques reflete uma insatisfação generalizada com a atual gestão e desempenho do FC Porto. As vozes em prol de uma mudança ecoam fortemente entre os adeptos e ex-jogadores, evidenciando uma necessidade urgente de reestruturação e revitalização do clube.

Seja no que diz respeito à identidade do clube ou ao alto salário dos dirigentes, a pressão para que o FC Porto regresse à sua senda de vitórias é crescente. A esperança de um novo capítulo é partilhada por muitos que anseiam por ver o emblema retornar à glória que lhe é deveras familiar.