O Ministério Público decidiu arquivar a queixa interposta por Álvaro Teixeira, adepto do FC Porto, contra Bruno Branco, alegado segurança de André Villas-Boas, no episódio ocorrido durante a Assembleia Geral do clube, a 13 de novembro de 2023. A queixa de Teixeira, que alega ter sido agredido por Branco enquanto este acompanhava Villas-Boas, foi sepultada sem qualquer ação criminal, uma vez que o MP concluiu que “não foram obtidos indícios suficientes da prática de crimes de coação e exercício de segurança ilegal”.
No centro do conflito, Álvaro Teixeira afirmou que “eles não querem que tu ganhes, eles querem que o Pinto da Costa perca” ao se dirigir a Bruno Branco. Segundo a queixa, o ato do segurança consistiu em “agarrou o denunciante” e “afastou-o do local”, resultando em “pisaduras no braço”. José Manuel Martins Teixeira, autor da queixa, sustentou que a ação de Bruno Branco visava “coagir e condicionar a opinião de todos aqueles que se manifestassem contra a candidatura” do atual presidente.
Resposta de Bruno Branco
Face a estas alegações, a resposta de Bruno Branco foi clara: segundo ele, tinha a intenção de “apaziguar os ânimos” e permitir a Villas-Boas prestar declarações. Branco descreveu a situação como uma tentativa de lidar com a “atitude agressiva de um adepto” que lhe “apontou o dedo à cara”. Ele justificou sua presença nos eventos de campanha por sua amizade com Villas-Boas, afirmando que este tinha segurança pessoal da PSP, e que ele não exercia nenhuma função de segurança.
Defesa de André Villas-Boas
André Villas-Boas, por sua vez, confirmou a amizade com Bruno Branco desde 2018 e alinhou-se com a defesa do seu amigo. Ele mencionou que, conforme a sua observação, “Bruno Branco se limitou a afastar um adepto mais fervoroso” e reafirmou que a presença de Branco nos eventos não se tratava de um trabalho de segurança, mas sim de apoio. Para Villas-Boas, a situação não deve ser extrapolada para além do que realmente aconteceu durante a Assembleia Geral.
Impacto no FC Porto
O arquivamento do caso trouxe um alívio em certas esferas do FC Porto, uma vez que a Assembleia Geral ficou marcada não apenas pelos desentendimentos, mas pela tensão que cercava a situação política do clube. Este evento foi um marco significativo na trajetória do atual presidente, especialmente em um período em que as suas ações e as de seus apoiantes são constantemente escrutinadas.
A resposta do Ministério Público é um reflexo da necessidade de separação entre o fervor dos adeptos e a legalidade das ações durante eventos do clube, e espera-se que isso possa contribuir para um ambiente mais calmo e produtivo no futuro próximo.