Henrique Ramos, sócio do FC Porto, foi agredido durante a Assembleia-Geral Extraordinária do clube, que ocorreu na última segunda-feira. O incidente ocorreu após Henrique ter feito uso da palavra e revelou a sua versão dos factos e o motivo que levou às agressões.
A confusão eclodiu quando Henrique abordou o tema das casas do clube e uma proposta de alteração dos estatutos que permitiria que votos fossem efetuados nessas casas, mesmo que não tivessem um espaço físico, contrariando o que está previsto nos estatutos atualmente.
Segundo Henrique, muitas das casas do clube listadas no site da instituição não possuem espaços físicos adequados ou têm endereços alterados. Ele alega que estas casas servem apenas para benefício pessoal de alguns, em detrimento dos interesses do clube. "As casas só servem para compra do poder e enriquecimento às custas das mesmas", afirmou Henrique em entrevista à TVI.
Henrique atribui a responsabilidade deste problema a um administrador que está há décadas no clube, afirmando que "tudo isto foi desenhado por um administrador que está lá há décadas e a prova disso é que ontem os visados que se sentiram ofendidos." Essas declarações sugerem que as agressões que sofreu podem ter sido motivadas pelo desconforto causado aos visados pela sua intervenção.
Apesar do incidente, Henrique Ramos assegurou que estará presente na próxima reunião magna do FC Porto. "Não estava à espera daquelas reações, porque elas nunca acontecem em Assembleias-Gerais do FC Porto. Infelizmente, e para prejuízo da imagem do clube, não foi possível continuar os trabalhos nem comigo fora da sala. Foi um momento sensível, que não devia ter acontecido e que envergonha o clube. Não me revejo no condicionamento, não me revejo nessas reações nem me revejo na organização que a própria Assembleia teve. Mas há uma coisa: se houver outra Assembleia amanhã, podem contar comigo", declarou Henrique Ramos.
A próxima Assembleia-Geral do FC Porto está agendada para o dia 20 de novembro.
