Tensão e Divisão nas Assembleias do FC Porto

  1. Assembleia geral em novembro de 2023
  2. José Miguel comentou sobre o clima de tensão
  3. Agressão a homem de 60 anos
  4. Próxima sessão do julgamento marcada para segunda-feira

No passado mês de novembro de 2023, durante a assembleia geral do FC Porto, José Miguel, um associado do clube, descreveu um clima de tensão e medo que permeou o evento. Ele afirmou: “Nós não batemos palmas [ao discurso do Pinto da Costa] e Fernando Madureira dirigiu-se ao meu grupo e disse que estávamos a dividir o clube.” Essa situação revela a profunda divisão entre os adeptos e a pressão que recai sobre aqueles que ousam divergir da linha oficial do clube.

Além das tensões verbais, José Miguel também trouxe à tona os impedimentos à filmagem dentro do Dragão Arena, sugerindo a influência de indivíduos associados à claque Super Dragões, incluindo Sandra Madureira, esposa de Fernando Madureira, que está também envolvido na Operação Pretoriano. As descrições de um mau ambiente persistem, com outro associado, Afonso Calheiros, a relatar ter ouvido Vítor Catão proferir a ameaça: “que ia matar Villas-Boas e as pessoas que o apoiavam.” Estas palavras aumentam a gravidade das ameaças que emergem durante as assembleias gerais.

Tensões e Agressões

A situação tornou-se ainda mais tensa, quando Calheiros testemunhou uma agressão a um homem de 60 anos perpetrada por Aleixo, filho de Madureira, revelando a violência que permeou a assembleia. A defesa de Catão, por sua vez, contestou a credibilidade de Calheiros, argumentando que ele fez declarações falsas ao afirmar que viu Catão a “dirigir-se à comunicação social” assim que chegou, o que levanta dúvidas sobre a precisão da sua versão dos eventos.

Além dos relatos de violência, Liliana Costa, uma funcionária responsável pela credenciação na assembleia geral, corroborou a confusão que reinou no acesso ao evento. Ela revelou que “vários sócios tentaram entrar com cartões que não eram deles, ou de filhos menores.” Este cenário levanta sérias questões sobre a seriedade e a gestão da segurança durante a assembleia, visto que muitos sócios entraram em discussões acaloradas após serem impedidos de entrar, contribuindo para um ambiente ainda mais turbulento.

Processo Judicial em Curso

O julgamento que envolve 12 arguidos, entre os quais se encontra o antigo líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, deu início a um processo judicial complexo, repleto de diversas acusações que incluem coação, ameaça e ofensas à integridade física. Estes episódios remontam ao que transpôs naquela assembleia geral, onde a atmosfera de conflito foi inegável. A próxima sessão do julgamento está marcada para a próxima segunda-feira, onde se espera que novos depoimentos sejam ouvidos, prolongando a déjà vu em torno do caos vivido na reunião do FC Porto.

Com a situação a agravar-se, a incógnita sobre o futuro do clube continua a pairar sobre os adeptos, que se debatem entre a lealdade à sua equipa e a necessidade de lidar com a crescente divisão interna que ameaça a própria essência do FC Porto.

Presidente do Rio Ave confiante no regresso aos Arcos na próxima época

  1. Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave, está confiante no regresso da equipa ao Estádio dos Arcos na próxima época.
  2. O Estádio dos Arcos sofreu danos significativos na bancada em março, obrigando a equipa a jogar em Paços de Ferreira.
  3. Estão a ser planeadas obras de requalificação no estádio para cumprir os requisitos de licenciamento.
  4. A presidente fez um balanço da época como “difícil, de transição e adaptação”, mas mostrou otimismo para o futuro do clube e investimentos na academia.