O conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol impôs sanções severas após o clássico disputado no Estádio do Dragão entre o Benfica e o FC Porto. Este encontro, marcado por uma série de episódios controversos, resultou em reações intensas de todos os envolvidos. Um dos momentos mais destacados ocorreu quando António Silva, jogador do Benfica, gritou a provocação 'Chupa' ao entrar no corredor de acesso ao balneário dos visitantes. Este ato provocou uma imediata reação de membros das equipas de ambos os clubes, conforme detalhado no relatório do delegado da Liga, que assinalou: “no final do jogo na entrada para o corredor de acesso ao balneário visitante, o jogador do Benfica, António Silva, gritou 'Chupa', provocando de imediato uma reação de agentes desportivos das duas equipas, que estavam naquele local, sendo prontamente separados pelas forças de segurança presentes.”
Como consequência desta provocação, António Silva foi multado em 408 euros. No entanto, as sanções não se limitaram ao jogador. Ricardo Jorge Pereira, conhecido como Joca, fisioterapeuta e ex-jogador do FC Porto, foi suspenso por 17 dias após reagir de forma negativa à provocação, juntamente com o seu colega José Ribeiro, que recebeu uma suspensão de sete dias. O relatório oficial documenta que “Identificamos os agentes desportivos do FC Porto: Ricardo Jorge Silva Pereira e José Carlos Santos Ribeiro, que insultaram o descrito jogador dizendo: 'filho da p..., vai para o car..., chupa tu car...'.”
Reações dos Treinadores e Staff
No contexto das sanções, o treinador do Benfica, Bruno Lage, também foi alvo de represálias, recebendo uma multa de 408 euros devido a um gesto provocador que realizou aos 90'+4 minutos, durante o quarto golo do jogo. Segundo o relatório, “virou-se para os adeptos visitados, instalados na Bancada Poente inferior, levantou o braço e fez o gesto com os 4 dedos esticados, provocando uma reação dos adeptos que responderam atirando vários objetos na direção do banco visitante sem ter acertado em ninguém nem causado interrupção do jogo.”
A tensão no Estádio do Dragão foi palpável, e estas sanções servem como um aviso à comunidade desportiva sobre a importância da conduta em competições de elevada intensidade. Além das multas e das suspensões já mencionadas, a presença não autorizada de Paulo Magalhães, chefe da segurança do Benfica, na zona técnica durante o jogo também foi condenada, resultando em penalizações financeiras adicionais para o clube.
Consequências Financeiras para o Benfica
O Benfica terá de arcar com uma multa de 306 euros pela infração cometida por Magalhães, além de 230 euros pela presença de David Tomé Machado, membro do staff das águias. É evidente que as repercussões deste clássico irão reverberar por um longo período, servindo como um exemplo a ser seguido em futuros confrontos.
As sanções aplicadas pelo conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol sublinham a necessidade de um maior controlo sobre o comportamento de todos os envolvidos em encontros de alto nível, promovendo um ambiente desportivo mais respeitador e civilizado. A expectativa é que, com estas medidas, comportamentos semelhantes possam ser evitados no futuro, protegendo a integridade das competições e a segurança dos participantes.