Na décima sexta sessão do julgamento da Operação Pretoriano no Tribunal de São João Novo, no Porto, duas testemunhas pediram a sua exclusão da sala de audiências por
dos arguidos.“medo de represálias”
Como relatou uma testemunha, uma técnica administrativa do FC Porto à data da assembleia geral (AG) extraordinária de novembro de 2023, “sempre que alguém tirava um telemóvel, existiam altercações e berros. Ouvi pessoas a ameaçar para que não se filmasse. A Sandra Madureira insurgiu-se contra um miúdo que publicou algo nas redes sociais.”
Devido aos pedidos das duas testemunhas, a presidente do coletivo de juízes ordenou a saída de 10 dos 12 arguidos presentes, incluindo o ex-líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira. Este foi identificado a ameaçar Henrique Ramos, assistente do processo, para além de ter sido novamente acusado de envolvimento no alegado roubo de pulseiras credenciais.
Tal como a primeira testemunha, uma ex-funcionária do FC Porto que operou no processo de credenciação dos sócios, também relatou o seu contacto com Sandra Madureira na AG. “Sandra Madureira estava irritada com o facto de estarmos a pedir tantas regras e disse-me que parecia que estávamos num momento de eleições. Eu apenas respondi que estava a fazer o meu trabalho e a seguir as regras que me tinham dito para cumprir”
, contou.
Apesar da manifesta discordância da defesa, a presidente do coletivo de juízes acedeu aos pedidos das testemunhas, ditando o afastamento temporário dos arguidos durante os seus depoimentos. No total, mais de 30 testemunhas tiveram os seus depoimentos adiados neste julgamento da Operação Pretoriano.