A reunião magna, que tinha como objetivo alterar os estatutos do clube, começou com uma afluência muito acima do esperado. O auditório do Estádio do Dragão, com capacidade para cerca de 400 pessoas, rapidamente se revelou insuficiente perante as centenas de sócios que se juntaram nas imediações. A AG foi então transferida para o Dragão Arena, que tem capacidade para mais de 2000 pessoas em dias de jogo.
No entanto, dentro do pavilhão, os ânimos exaltaram-se e a violência irrompeu. O ambiente ficou tenso, com ameaças verbais e físicas entre os presentes. Vários vídeos amadores circularam nas redes sociais, mostrando episódios de agressões.
Perante o caos instalado, a decisão foi interromper os trabalhos e adiar a AG para o dia 20 de novembro, novamente no Dragão Arena.
Esta situação gerou críticas por parte de André Villas-Boas, potencial candidato à presidência do clube. Nas suas redes sociais, Villas-Boas descreveu o acontecimento como 'um dos dias mais negros da história do FC Porto' e afirmou que 'o clube precisa de se encontrar nos seus princípios, nos seus valores e nas suas bases'.
O FC Porto emitiu um comunicado a explicar o reagendamento da AG, sem especificar as razões. A nota oficial diz apenas que os trabalhos serão retomados no dia 20 de novembro, às 21h, no Dragão Arena.
A AG extraordinária tinha como objetivo deliberar sobre os novos estatutos do clube. Entre as mudanças em discussão estão a adoção do voto eletrónico e por correspondência, a alteração da filiação sénior mínima para concorrer à presidência e a proteção da maioria do capital social da SAD.