Ian Cathro, treinador do Estoril, comentou sobre a recente derrota da sua equipa frente ao FC Porto, destacando a importância de aprender com as experiências difíceis. Cathro afirmou: “Acho que foi um jogo com vários momentos. Gostei da entrada da nossa equipa, conseguimos pôr o pé na bola e ter tranquilidade a construir. Depois, houve ali um momento na primeira parte onde é preciso dar mérito ao adversário. Ocuparam o espaço e optaram por jogadores que enchem muito o meio-campo. Conseguiram tirar muito proveito disso, seja a encontrar linhas de passe ou depois no apoio frontal, aí sentimos algumas dificuldades. Nesse sentido, dar mérito ao adversário e dizer também obrigado, porque é uma oportunidade para aprendermos e melhorarmos.”
O técnico continuou a refletir sobre o desempenho da sua equipa, realçando que é crucial analisar os erros tanto com bola como sem bola, e que a mudança de postura na segunda parte foi necessária. “Sentimos a necessidade de mudar e ter uma postura um bocadinho diferente a segunda parte, acho que ajudou. Entrámos bem na segunda parte, temos de olhar para a frequência do erro, com bola e sem bola. Temos de melhorar nesse sentido, se queremos manter consistência nestes jogos contra equipas de boa qualidade.”
Visão otimista para o futuro
Apesar da derrota, Ian Cathro mantém uma perspectiva otimista em relação ao futuro da equipa. “Talvez tenha uma visão um bocado diferente. Não estou a olhar só para hoje, mas também para amanhã. O caminho para onde quero levar esta equipa é o de crescimento, sermos capazes de competir no futuro por objetivos diferentes. Por isso, temos de sofrer às vezes, temos de crescer a jogar assim. Talvez fiquemos mais expostos quando há uma perda de bola, mas como queremos crescer, colocar o Estoril num nível mais alto, tem de ser assim.”
A mensagem de Cathro revela a sua confiança no potencial da equipa e na capacidade de evolução, mesmo diante das dificuldades atuais.
Reflexões do jogador Xeka
O jogador Xeka também comentou sobre o desempenho da equipa na partida, enfatizando o objetivo de entrar forte no jogo: “O nosso objetivo era entrar forte no jogo, pressionar bem e ter a bola. Esperávamos um FC Porto a entrar forte, como aconteceu nos últimos jogos, mas acho que conseguimos entrar muito bem. Chegámos à vantagem e depois o calor dificultou um pouco o futebol.”
Ele expressou a sua frustração com algumas oportunidades perdidas, salientando a dificuldade de praticar um futebol atrativo: “Faltou-nos decidir melhor e rematar. O futebol não é só em dois terços. Sabemos que o FC Porto é uma equipa difícil de bater e acho que tivemos todas as oportunidades para o fazer.”
Dificuldades em jogar bonito
Xeka destacou as dificuldades que a sua equipa enfrenta para apresentar um futebol mais atrativo, devido às constantes interrupções do jogo: “Gostamos do jogo corrido e fica difícil para nós praticar um futebol atrativo. O jogo está sempre a parar, jogadores a perder tempo e a cair no chão. Acaba por dificultar o que é o futebol. Todo o Estoril quer jogar o melhor futebol, mas torna-se difícil.”
Ele também fez uma menção especial aos adeptos, expressando gratidão pelo apoio que sempre oferecem: “Quero também deixar uma palavra aos adeptos que nos vieram apoiar como sempre.”
Necessidade de foco e evolução
Xeka concluiu abordando a importância de manter o foco e a evolução contínua da equipa: “O nosso caminho é o mais correto. Somos uma equipa que sabe muito bem competir, mas como diz o mister, falta-nos saber ganhar.”
No geral, tanto Cathro quanto Xeka partilham a visão de que, apesar das adversidades e da necessidade de melhorias, o Estoril está num caminho de crescimento que poderá levar a um futuro mais promissor.