A AG extraordinária do FC Porto tinha como objetivo deliberar sobre os novos estatutos do clube e era vista como um momento de duelo entre Jorge Nuno Pinto da Costa e André Villas-Boas. No entanto, a noite foi marcada por atrasos, mudança de local e violência.
A reunião, que estava inicialmente agendada para o auditório do Estádio do Dragão, teve que ser transferida para o Dragão Arena devido à presença de mais de três mil sócios do clube à porta do recinto. A decisão foi tomada pela Mesa da Assembleia Geral, apesar dos pedidos para o adiamento da AG.
Porém, mesmo após a mudança de local, a reunião começou com muitos adeptos ainda fora do pavilhão. E foi a partir daí que começaram a acontecer episódios de violência entre os sócios. A situação culminou na suspensão da Assembleia, após confrontos que obrigaram muitos associados a abandonar o local.
O candidato Nuno Lobo já anunciou que irá impugnar o ato eleitoral, criticando a falta de organização da reunião e afirmando que não se revê no rumo que o clube está a tomar. Por sua vez, André Villas-Boas lamentou a falta de organização da AG e pediu uma nova marcação para que todos os sócios possam votar livremente.
No final, a Assembleia-Geral do FC Porto foi adiada para o dia 20 de novembro. Entre as alterações nos estatutos a serem discutidas estão a mudança da data das eleições, a adoção do voto eletrónico e por correspondência, e o aumento da filiação mínima para concorrer à presidência do clube.
A noite turbulenta foi descrita por Villas-Boas como 'um dos dias mais negros da história do FC Porto' e o FC Porto foi instado a reencontrar os seus princípios, valores e bases.