O julgamento do processo da Operação Pretoriano prosseguiu esta terça-feira no Tribunal São João Novo, no Porto, com novos testemunhos da investigação policial. O subintendente da PSP Dennis da Cruz, responsável pelo caso, explicou que o processo foi “complexo por aquilo que os suspeitos representavam”
.
O agente Marcelo Vieira Gomes detalhou algumas das provas recolhidas, nomeadamente através do visionamento de imagens de videovigilância e da análise de mensagens trocadas entre os arguidos.
## Provas recolhidas pela investigação“Nas imagens do P1 vemos um grupo numeroso de pessoas, onde se encontra Fernando Madureira. Ele recebia de certas pessoas cartões, que depois percebemos que eram sócios, e depois entrega a outras pessoa. Vimos o senhor Fernando Madureira nas imagens a dirigir-se à mesa de credenciação, baixa-se, tira uma caixa e entrega ao senhor Hugo Carneiro. Este tira as pulseiras e volta a entregar a caixa ao Fernando Madureira. O senhor Hugo Carneiro contactou depois com várias pessoas, que saíam já com pulseiras no pulso”
, contou Marcelo Vieira Gomes.
Além disso, o agente revelou que foram encontradas “algumas falhas no telemóvel de Fernando Saul”
, nomeadamente uma chamada no dia da Assembleia Geral que aparece registada no telemóvel de Fernando Madureira e não no de Fernando Saul.
As mensagens apagadas também mereceram destaque no depoimento. “As mensagens foram recolhidas do dia 12. A parte dos cartões de sócio, das agressões, não são duvidosos. Pelo Fernando Madureira, pela Sandra, tinham que ser os primeiros. Fernando Madureira pediu que estivessem todos juntos. No dia 10, Sandra Madureira diz que pulseiras serão entregues amanhã para irem todos à reunião, já que dia 11 houve um jogo com o Vitória de Guimarães. No dia 12, um elemento questiona quando é a Assembleia Geral e Sandra Madureira responde. 'se estivesses na reunião saberias que é amanhã'. Queriam permitir que entrassem não sócios, que entrassem pessoas da confiança deles na assembleia para que os estatutos fossem aprovado”
, afirmou Marcelo Vieira Gomes.