O FC Porto anunciou o lançamento de um novo empréstimo obrigacionista com um valor inicial de 30 milhões de euros, que poderá chegar aos 50 milhões. Esta iniciativa enquadra-se na estratégia de financiamento do clube, com o objetivo de ter a totalidade da sua dívida financeira assente em empréstimos obrigacionistas.
De acordo com Pereira da Costa, CFO e administrador da SAD do FC Porto, este novo empréstimo servirá principalmente para pagar passivos, nomeadamente dívidas a clubes por transferências de jogadores e a outros fornecedores. O dirigente revelou que no final de 2022 já tinham sido pagas dívidas significativas, incluindo o reembolso de uma operação de papel comercial e de um empréstimo bancário.
Redução de Taxas de Juro
Segundo Pereira da Costa, este novo empréstimo obrigacionista a uma taxa de 5,5% irá permitir ao clube reembolsar dívidas que estavam contratadas a taxas muito superiores, contribuindo assim para a continuação da recuperação financeira do FC Porto.
«Este novo empréstimo obrigacionista irá permitir ao FC Porto reembolsar dívidas que tinham taxas de juro acima dos 10%», explicou o CFO.
Procedimento da UEFA
O prospeto deste novo empréstimo revelou que a UEFA abriu um procedimento para apurar os 55 milhões de euros de prejuízo previstos para os exercícios de 2022/23 e 2023/24. No entanto, a administração do FC Porto já disponibilizou informação complementar, justificando o motivo do défice e apresentando medidas para cumprir o indicador de estabilidade no futuro.
Segundo Pereira da Costa, «com o lucro registado no primeiro semestre desta época e as recentes vendas de jogadores, é esperado que a UEFA não avance com medidas sancionatórias contra o FC Porto».