O FC Porto deu um passo importante na sua estratégia de gestão financeira, com o lançamento de um novo empréstimo obrigacionista. O objetivo é reduzir o nível de endividamento do clube e substituir dívida mais cara por financiamento a uma taxa de juro mais baixa.
De acordo com Pereira da Costa, administrador da SAD portista, este novo empréstimo, com vencimento entre 2025 e 2028, terá um valor nominal inicial de 30 milhões de euros, podendo atingir um máximo de 50 milhões, dependendo da procura do mercado. O responsável financeiro do FC Porto explicou que este financiamento destina-se essencialmente a «pagar passivo» e «reembolsar dívida financeira».
Substituir dívida mais cara por financiamento a taxa de juro mais baixa
Pereira da Costa destacou que a emissão deste empréstimo obrigacionista de retalho, a juntar ao empréstimo de longo prazo «Dragon Notes» lançado em 2022, permitirá reduzir o nível de endividamento do clube. O objetivo é ter a «totalidade da dívida financeira» em empréstimos obrigacionistas, num valor total de cerca de 200 milhões de euros.
O administrador da SAD portista explicou que o empréstimo agora lançado servirá para refinanciar um empréstimo existente de 50 milhões de euros que vence em abril de 2025. Além disso, permitirá pagar dívidas relacionadas com transferências de jogadores e a fornecedores, bem como reembolsar dívida financeira a taxas de juro elevadas, acima dos 10%. Desta forma, o FC Porto poderá continuar o seu processo de recuperação financeira, substituindo dívida mais cara por financiamento a uma taxa de juro mais baixa, de 5,5%.
Novo acordo com a UEFA após incumprimento de indicador financeiro
Paralelamente, o clube admite ter de celebrar um novo acordo com a UEFA, o chamado «settlement agreement», devido ao incumprimento do indicador de «estabilidade» relativo ao «football earnings» nos últimos dois exercícios. No entanto, o FC Porto acredita que com a receita do acordo Ithaka, no valor de 65 milhões de euros, conseguirá cumprir este indicador e estar em condições de passar nos próximos controlos financeiros da UEFA.
