Uma cerimónia realizada na noite de sábado, em Caracas, contou com a participação de portugueses, maioritariamente adeptos do FC Porto, que se juntaram para prestar uma última homenagem a Pinto da Costa, figura incontornável do futebol português nas últimas décadas.
O ex-presidente da filial 43 do FC Porto na Venezuela, Alvarinho Sílvio Moreira, destacou que Pinto da Costa «sempre foi foco de união» e que, naquele momento, todos os presentes eram «a melhor prova disso». Moreira recordou que conheceu pessoalmente o histórico dirigente em 1998 e que, desde então, o visitava sempre que ia a Portugal.
«A era Pinto da Costa»
O atual presidente da Filial 43 do Porto na Venezuela, Manuel Oliveira, explicou que a morte de Pinto da Costa «teve impacto» nos portistas em Caracas, afirmando que todos ficaram «muito tristes» com a perda daquela que apelidou de «a era Pinto da Costa» - 42 anos de liderança do clube.
Alvarinho Sílvio Moreira destacou a capacidade de Pinto da Costa em «contratar tanto jogadores como equipas técnicas» e em «saber quando vender», fatores que contribuíram para o sucesso do FC Porto durante a sua longa presidência. Mas o orador quis também falar «do homem», descrevendo-o como «um portuense à imagem da invicta cidade, um nortenho com o espírito irreverente e aventureiro» que «acreditou nos seus sonhos e levou-nos a sonhar com ele».
Legado histórico
Jorge Nuno Pinto da Costa, que morreu vítima de cancro, exerceu funções como presidente do FC Porto durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o clube à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades, incluindo 69 no futebol sénior masculino, sete dos quais internacionais. O seu legado ficará para sempre marcado na história do FC Porto e do futebol português.