Na segunda etapa da Volta ao Algarve, disputada esta quinta-feira, João Almeida deu um passo importante na luta pela vitória final da prova. O ciclista português da UAE Emirates conseguiu um excelente resultado no final da subida ao Alto da Fóia, terminando em segundo lugar com o mesmo tempo do vencedor, o suíço Jan Christen, também da sua equipa.
Almeida revelou-se superior aos principais adversários, como Jonas Vingegaard e Primoz Roglic, conseguindo ganhar-lhes alguns segundos importantes na classificação geral. «A subida foi boa, não era assim tão dura. Fizemos uma boa performance, a equipa esteve toda muito bem. Hoje [quinta-feira], cumprimos com o objetivo», afirmou João Almeida no final da etapa.
Estratégia da equipa UAE Emirates
O plano da UAE Emirates passou por colocar Christen na frente, o que permitiu a Almeida poupar forças para um ataque final. «O plano era entrar bem colocado na Pomba, depois é um bocadinho cada um por si, porque é a subir. Conseguimos meter o Jan Christen num grupo e não tivemos de trabalhar atrás. Senti-me bem. Ataquei só no final quando percebi que o Christen já tinha a vitória no bolso, por respeito. Tenho um colega de equipa na frente, simplesmente não posso levar os adversários atrás. Ele merecia a vitória e decidi não o ultrapassar na meta», explicou João Almeida.
Almeida otimista para a decisão no Malhão
Almeida admite que sai desta etapa rainha da Volta ao Algarve com as suas pretensões reforçadas. «Sem dúvida. Estou numa boa posição. Se não houver nenhum azar, será o [contrarrelógio no] Malhão que vai decidir a corrida», afirmou.
Quanto ao desempenho de Jonas Vingegaard, que terminou a etapa na 6.ª posição a 10 segundos de Almeida e Christen, o português preferiu não tecer comentários. «Não sei, tem de lhe perguntar a ele. A expectativa era bastante maior [para o resultado do dinamarquês], mas acho que é positivo acabar à frente dele. Não considero que ele [Vingagaard] tenha desiludido, é a sua primeira corrida da temporada. Vem aqui testar-se um pouco. Acho que sabe o que tem nas pernas», concluiu João Almeida.