A equipa de defesa de Rui Pinto emitiu um comunicado no qual critica a estratégia do Ministério Público de prolongar o processo judicial do criador do Football Leaks. Segundo a defesa, estes novos crimes informáticos estão relacionados com o acesso a emails do Benfica e de outros clubes, Liga, empresas, advogados, juízes, procuradores, Autoridade Tributária e Rede Nacional de Segurança Interna, e teriam ocorrido entre 2016 e 2019. Os advogados destacam que estes factos não foram incluídos no processo cujo julgamento já está em andamento e cujo acórdão será lido em breve.
Os causídicos afirmam que, além desta nova acusação, está previsto um terceiro processo contra Rui Pinto com base em factos ocorridos entre 2016 e 2019, o que, segundo a defesa, resulta em uma batalha judicial interminável e violação dos seus direitos de defesa.
O Ministério Público está a conduzir outro inquérito relacionado com os alegados acessos ao sistema informático e aos emails de vários clubes, incluindo FC Porto, Nacional e Tondela, bem como de outras entidades.
Os advogados de Rui Pinto argumentam que esta estratégia do Ministério Público não visa a realização da justiça, mas sim prolongar indefinidamente o processo e colocar o seu cliente numa situação de desigualdade perante a acusação.
Em resposta às acusações, o Ministério Público afirmou que está a agir de acordo com a lei e que todos os factos foram devidamente investigados e fundamentados.
Rui Pinto, conhecido por ter criado o Football Leaks, está atualmente a ser julgado por 90 crimes relacionados com a divulgação de informações confidenciais no mundo do futebol.