A claque Torcida Verde, afeta ao Sporting, emitiu um comunicado esta quarta-feira, lamentando o facto de o clube não ter enviado uma mensagem de condolências institucional ao FC Porto após a morte de Pinto da Costa.
A Torcida Verde denunciou o "negócio dos ódios" que considera existir no futebol português, defendendo que o Sporting devia ter feito esse gesto para com o rival, referindo que não o teria visto como uma forma de "branquear" a postura leonina sobre o antigo presidente dos dragões.
Críticas à "hipocrisia e fundamentalismo" no futebol
No comunicado, a claque afirma que «o silêncio institucional da estrutura profissional leonina, deu um inopinado mediatismo ao SCP/SAD, potenciado pela recente presença do actual presidente do FCP nas exéquias do eterno capitão Manuel Fernandes, perspectivando-se então uma 'nova era' no relacionamento institucional entre os clubes».
A Torcida Verde recusa «alimentar o maniqueísmo medieval que continua a imperar na narrativa comunicacional dos 'donos da bola', quaisquer que sejam as suas cores clubistas». Apesar de não branquear «o inestimável protagonismo do 'Presidente dos Presidentes', como o principal rosto do 'Sistema' que denunciámos em diversas coreografias desde o início dos anos 90», a claque lamenta que «o desaparecimento do histórico dirigente portista, parece continuar a polemizar e a alimentar a mesma narrativa dos ódios para mobilizar as hostes e, também como estratégia de poder».
Recusa em enviar condolências "em nome do Sporting"
A Torcida Verde considera que «a hipocrisia e o fundamentalismo são as duas faces da mesma moeda chamada futebol... como um negócio dos ódios, onde os adeptos são manipulados como idiotas úteis». A claque afirma que «nessas rivalidades exacerbadas, os adeptos das várias cores são formatados para terem em comum um 'mesmo clube': o ódio FC!».
Por fim, a Torcida Verde diz que não lhe cumpre enviar condolências "ao FCP e aos seus adeptos", pois estariam a substituir-se aos "legítimos representantes institucionais do SCP". A claque defende que a sua "experiência como adeptos, conquistada desde 1984, ensinou-nos a não confundir as instituições e os seus adeptos com dirigentes ou personalidade".