Consequências para o árbitro Munuera Montero após «Caso Munuera»

  1. Munuera Montero foi «encostado» pelas ligas LaLiga e UEFA
  2. Presidente da LaLiga, Javier Tebas, confirma investigação sobre relação entre árbitro e empresa de consultoria Talentus Sports
  3. Arbitragem espanhola é «francamente melhorável», segundo Tebas
  4. Atlético de Madrid critica «pressão exercida sobre os árbitros espanhóis»

O caso do árbitro espanhol Munuera Montero, conhecido como «Caso Munuera», já teve consequências para o profissional. Segundo informações, Munuera Montero foi «encostado» pelas ligas LaLiga e UEFA e não vai apitar nos próximos dias.

O presidente da LaLiga, Javier Tebas, confirmou a investigação sobre a relação entre o árbitro e a sua empresa de consultoria desportiva, a Talentus Sports. Tebas negou, no entanto, qualquer prestação de serviços fora de campo por parte de Munuera Montero. «Estamos a investigar, é muito bom o que a Federação fez neste caso. Isto é como a mulher de César, que mais do que ser honrada deve parecê-lo», afirmou o dirigente.

Problemas na arbitragem espanhola


Munuera Montero possui uma empresa de consultoria que presta serviços a diversas entidades, incluindo a própria UEFA, LaLiga, Paris Saint-Germain, Manchester City e Atlético de Madrid. Segundo Tebas, a arbitragem espanhola é «francamente melhorável» e o caso de Munuera Montero é apenas mais um exemplo dos problemas que o futebol espanhol enfrenta.

O Atlético de Madrid criticou a «pressão exercida sobre os árbitros espanhóis» e alertou para a «maquinaria que tritura o que se atravessa no seu caminho». Munuera Montero não irá apitar qualquer partida nos campeonatos profissionais espanhóis na próxima jornada, tendo sido também «riscado» pela UEFA durante o período em que a investigação por conflito de interesses decorrer.

Negação de Munuera Montero


Em comunicado, o árbitro espanhol negou qualquer envolvimento com clubes ou instituições desportivas por parte da sua empresa Talentus Sports, afirmando que a consultoria desportiva apenas proporcionava que «diferentes atletas pudessem transferir valores transversais do desporto a diferentes organizações», sem qualquer contacto com os seus clubes. Caso seja comprovado que o árbitro incorreu em conflito de interesses, poderá ser sentenciado até cinco anos sem apitar.