Fernando Gomes, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) durante 12 anos, anunciou oficialmente a sua candidatura à liderança do Comité Olímpico de Portugal (COP). A apresentação decorreu no auditório Comandante Vicente Moura, na sede do COP, perante uma plateia de pouco mais de uma centena de convidados, incluindo antigos colegas de direção na FPF, como os ex-internacionais Humberto Coelho e Pedro Pauleta.
No seu discurso, Gomes mostrou-se determinado em agregar todas as federações desportivas nacionais. «A cidade foi a mesma, Paris (de Euro 2016 e Jogos Olímpicos 2024), e os portugueses vibraram tanto com o golo do Éder, em 2016, como com o sprint final com que o Iuri Leitão garantiu o ouro olímpico em 2024. Quando se trata de Portugal e de desporto, a paixão é a mesma, o orgulho nacional é o mesmo e as emoções desses momentos perduram de igual modo no tempo», declarou Gomes.
Apoio de Pedro Proença
Questionado sobre o voto do atual presidente da FPF, Pedro Proença, Gomes não confirmou o apoio, mas disse esperar contar com o seu voto, bem como com o de todas as federações. «Os presidentes das federações apoiarão em quem, em sua consciência, melhor servirá os interesses do olimpismo. Portanto, da mesma forma que conto com todas as federações que me deem o seu voto, porque representamos exatamente a força do olimpismo naquilo que temos como transformador e desenvolvimento, naturalmente contamos que, obviamente, em consciência, o Pedro Proença como presidente da FPF, também venha apoiar esta nossa candidatura a bem do desporto nacional e do olimpismo», afirmou Gomes.
Morte de Pinto da Costa
Gomes também evitou entrar em polémicas relacionadas com a ausência de condolências de Benfica e Sporting pelo falecimento de Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto. «Aquilo que posso responder é que, enquanto presidente da Federação Portuguesa de Futebol, dentro daquilo que é institucionalmente a forma correta de estar, tive o cuidado de endereçar as sentidas condolências ao presidente do Futebol do Porto, pela morte de Jorge Nuno Pinto da Costa», indicou, responsabilizando-se apenas pelo ato institucional da sua parte.