O desejo de André Villas-Boas de dar o nome de Pinto da Costa ao museu do FC Porto sofreu um revés nos últimos dias, devido às conclusões da auditoria forense às contas e gestão do clube. Apesar da vontade inabalável do treinador em expor o vasto espólio do dirigente mais titulado do mundo, as conclusões da auditoria foram mal recebidas por Pinto da Costa e sua família, colocando o processo de naming do museu em suspenso.
Inicialmente, o novo nome do museu estava previsto para ser oficializado em janeiro ou nos primeiros dias de fevereiro. Já haviam sido trocadas minutas de contratos e assegurada a posição da Ithaka, empresa que detém 30% dos direitos económicos da Porto Stadco, responsável pela exploração comercial do Estádio do Dragão, incluindo o museu.
Comunicado contundente de Pinto da Costa
No entanto, a auditoria forense acabou por ter um impacto significativo, levando a um travão no projeto. Cinco dias antes do seu falecimento, Pinto da Costa emitiu um comunicado contundente contra a SAD, demonstrando a sua revolta e a da sua família. No comunicado, o dirigente acusou a auditoria de ter como objetivo denegrir o seu caráter, trabalho e legado, sublinhando os contributos que deixou para o clube, como o investimento num plantel que gerou 167 milhões de euros na primeira metade da época, e a parceria com a Ithaka, que garantiu 65 milhões de euros e serviu de garantia para um financiamento de 115 milhões a longo prazo.
Memorial junto ao Estádio do Dragão
Apesar deste revés, a intenção de honrar Pinto da Costa e o seu legado mantém-se viva, a começar pelo memorial que nasceu espontaneamente junto da porta 24 do Estádio do Dragão e que constituiu uma das imagens mais fortes do adeus ao antigo líder portista. O espólio desse memorial será preservado pelo FC Porto.