Adeus ao "Presidente dos Presidentes"
As cerimónias fúnebres de Jorge Nuno Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto, arrancaram esta manhã com uma missa na Igreja das Antas, no Porto, seguida de uma passagem pelo Estádio do Dragão, casa do clube que liderou durante mais de quatro décadas.
Dezenas de figuras proeminentes do futebol nacional e internacional marcaram presença para dar o último adeus a Pinto da Costa, considerado o "Presidente dos Presidentes". Entre eles, destacaram-se antigos jogadores e treinadores do FC Porto, como Pepe, Sérgio Conceição, Domingos Paciência, Deco e Paulo Futre, que recordaram a importância do líder portista na suas carreiras.
Deco: «Foi mais do que um presidente, foi um amigo»
«Foi mais do que um presidente, foi um amigo. Acreditou em mim quando eu estava no Salgueiros. Foi ele que, pessoalmente, falou comigo. Fui a casa dele. A minha relação com o FC Porto deve-se a Pinto da Costa. É muito triste a perda dele. Cheguei ontem à noite e temos jogo do Barcelona hoje, mas tinha de estar presente. É um dia triste, principalmente para os amigos, e ele era um amigo. É uma figura que marcou não só a história do FC Porto, mas também a história do futebol. Uma palavra para o descrever? Génio. Foi visionário. Liderança. Mas se tivesse de escolher uma palavra: génio», afirmou Deco.
Montenegro evoca legado de Pinto da Costa
Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, destacou o legado de Pinto da Costa, considerando-o um «dirigente icónico do desporto português» e uma «referência dos valores da promoção da prática desportiva, da promoção do País».
«Independentemente das preferências clubísticas, Jorge Nuno Pinto da Costa foi o motor de uma coletividade que é símbolo de Portugal, é credor do respeito de toda a comunidade e órgãos representativos do povo português», acrescentou o chefe do Governo.
Após a missa, o cortejo fúnebre desceu a Alameda em direção ao Estádio do Dragão, onde Pinto da Costa foi recebido pela última vez pela massa adepta do clube que liderou durante 38 anos. As portas do recinto foram abertas para que todos pudessem prestar a derradeira homenagem ao antigo presidente, antes de o seu corpo ser cremado no cemitério Prado do Repouso, no Bonfim.
Com a sua partida, o futebol português perde uma figura incontornável, que deixa um legado de conquistas e de uma liderança forte e marcante, que moldou o FC Porto e o próprio panorama desportivo nacional durante décadas.