A morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, histórico presidente do FC Porto, deixou uma marca profunda no futebol português. Augusto Inácio, que foi treinador do clube, destacou a importância do dirigente e a sua ligação ao emblema azul e branco.
A chegada ao FC Porto
Inácio relembrou a sua chegada ao FC Porto em 1982, quando Pinto da Costa lhe perguntou se sabia para onde vinha. «Disse que vinha para um grande clube. Não chega, disse. Venho para ser campeão. É curto, vamos mais além disso. Já tinha a perspetiva europeia, correu bem», recordou o antigo técnico.
Sobre a relação com Pinto da Costa, Inácio afirmou que «temos uma ligação de crescimento neste clube» e que, como amigo, está «sentido, com dor grande» pela sua partida. O treinador destacou ainda a «palavra que encontro é "um campeão"», referindo-se ao legado do histórico presidente.
O adversário «terrível»
Quando questionado sobre como era Pinto da Costa como presidente e adversário, Inácio foi perentório: «Como adversário preferia tê-lo como presidente, era terrível. Quando se fala no ADN Porto foi o que ele incutiu, de morrer em campo pelo resultado, o suor ficar lá. ADN Pinto da Costa é ADN FC Porto.»
Para Inácio, a influência de Pinto da Costa no futebol português é inegável. «Em 1982 o FC Porto partiu do zero, sem dinheiro e à custa de muita gente anónima, isso ajudou o FC Porto ultrapassar as dificuldades financeiras», recordou, destacando que «há um antes-Pinto da Costa e agora provavelmente haverá um depois-Pinto da Costa».