A morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, o histórico presidente do FC Porto, deixou uma marca profunda no futebol português. Figura incontornável do desporto nacional, Pinto da Costa liderou os dragões durante décadas, conquistando inúmeros títulos e projetando o clube no panorama internacional.
Apesar da enorme perda para o futebol português, alguns dos principais rivais do FC Porto ficaram aquém nas suas reações institucionais à partida do dirigente.
Reações dos rivais ficaram aquém do esperado
António Tavares, presidente da Assembleia Geral do FC Porto, lamentou que os rivais Benfica e Sporting não tenham reagido de forma institucional à morte de Pinto da Costa. Em declarações à CNN Portugal, Tavares relembrou que, em outras ocasiões, quando faleceram figuras emblemáticas dos clubes rivais, o FC Porto tomou uma posição oficial.
É evidente que lamento e lembro que, noutras alturas, já até com Pinto da Costa, quando desapareceram alguns símbolos grandes desses clubes, como João Rocha, Fernando Martins ou Chalana, o FC Porto teve sempre a sua posição oficial. O FC Porto soube sempre distinguir entre o que é institucional e o que é pessoal e neste caso concreto, lembro que os treinadores de Sporting e Benfica reagiram. Ainda que de forma comedida, mas fizeram-no, afirmou Tavares.
Homenagem no Estádio do Dragão
O dirigente portista considerou que Benfica e Sporting ficaram aquém do que seria esperado, tendo em conta o comportamento dos seus adeptos em relação a figuras do FC Porto no passado.
O que se esperava de Benfica e Sporting é que estivessem à altura do que é, muitas vezes, o comportamento de muitos dos seus sócios, que já tiveram, por exemplo em relação a mim, pessoas com responsabilidades, oportunidade de telefonarem-me a dar os sentimentos e é pena que não o tenham feito de forma institucional, lamentou Tavares.
Legado indelével no futebol português
Tavares abordou ainda a possibilidade de o Estádio do Dragão passar a ter o nome de Pinto da Costa, defendendo que é preciso «respeitar» a vontade do falecido presidente, que preferiu que o recinto ficasse com o nome atual.
Não queria, acima de tudo, ir contra a vontade do presidente Pinto da Costa. Eu sei que Pinto da Costa deixou, em cada uma das bancadas daquele estádio, o seu nome e a sua grande presença. Se vamos, ou não, fazer isso, não me compete. Compete aos sócios do FC Porto, era uma boa homenagem, mas devemos respeitar a opinião de Pinto da Costa, foi ele que batizou o estádio, afirmou.
Apesar da falta de reação institucional dos rivais, Tavares reconheceu que Pinto da Costa deixará uma marca indelével no futebol português. Pinto da Costa, quer se queira, quer não, deixará o seu nome marcado para sempre na história do futebol português, concluiu.