As imediações do Estádio do Dragão transformaram-se num santuário de emoções este sábado, com milhares de adeptos do FC Porto a reunirem-se para prestar homenagem ao lendário presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, que faleceu aos 87 anos.
Entre cânticos, cachecóis erguidos e muitas lágrimas, os portistas expressaram a sua dor e gratidão pelo homem que transformou o clube num dos gigantes do futebol mundial. «Custa muito. O Pinto da Costa era mais do que um presidente, era um de nós. Fez do FC Porto um clube respeitado em todo o mundo. Sem ele, não sei como vai ser o futuro», contou emocionado Carlos Mendes, um adepto de 54 anos que acompanha o clube desde a infância.
Gratidão por décadas de glórias
Luísa Graça, de 32 anos, partilhou o sentimento de gratidão: «Ele deu-nos tantas alegrias, tantas vitórias. Cresci a ver o Porto ganhar tudo e isso deve-se a ele. Esta perda é enorme, mas o legado dele é eterno.»
Entre os muitos adeptos presentes, José Ferreira, de 68 anos, segurava um cachecol com o rosto de Pinto da Costa estampado: «Vivi todas as glórias deste clube, desde Viena a Gelsenkirchen. Se não fosse ele, nada disto teria sido possível. Foi um verdadeiro líder.»
Estádio do Dragão em comunhão
Em homenagem, dezenas de pessoas colocaram velas e mensagens junto a uma das portas de entrada do estádio, enquanto os cânticos em louvor a Pinto da Costa ecoavam alto, num momento de união e respeito por aquele que presidiu o clube durante 42 anos. Uma tarja gigante com a imagem de Pinto da Costa (com uma coroa), geralmente colocada pelos Super Dragões, foi desfraldada de um lado ao outro da Avenida dos Campeões Europeus, tornando o momento ainda mais simbólico e emocionante.
O FC Porto, entretanto, acendeu as luzes do interior do Estádio do Dragão e no ecrã gigante refletia a imagem de Pinto da Costa com a frase: «O presidente dos presidentes».
Legado eterno de Pinto da Costa
Num instante que pareceu eterno, o Estádio do Dragão transformou-se num santuário de emoções. Os adeptos, em profunda comunhão, silenciaram-se para sentir cada batida dos seus corações, onde se misturavam dor e orgulho. Sob a luz tênue dos cachecóis azuis e brancos, cada lágrima tornava-se uma memória viva, um tributo silencioso a um homem que esculpiu a história do clube com paixão e visão. Neste momento de homenagem, o legado de Pinto da Costa reafirmou-se eterno, gravado para sempre na alma e nos sonhos de cada portista.