O antigo treinador do FC Porto, Vítor Bruno, lamentou «com imensa mágoa, mas ao mesmo tempo com coração cheio» a morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, o histórico presidente dos «dragões» que faleceu no sábado, aos 87 anos, vítima de cancro.
Numa mensagem emocionada publicada nas redes sociais, Vítor Bruno, de 42 anos, recordou a sua «viagem de sete anos» no clube portista, durante a qual teve a oportunidade de trabalhar com Pinto da Costa, a quem considerava uma «inspiração» e uma referência a «seguir».
## Oportunidade de trabalhar com Pinto da Costa
«Foi um privilégio ter feito parte da vida ativa deste clube que o presidente dimensionou à escala mundial. O presidente foi e será sempre das pessoas mais importantes e uma inspiração para todos aqueles que amam, sentem e vivem o clube. Estar-lhe-ei para sempre grato», escreveu o técnico.
Vítor Bruno chegou ao FC Porto em 2017/18 como adjunto de Sérgio Conceição, tendo assumido o comando técnico no início desta temporada, após a saída de André Villas-Boas, que venceu Pinto da Costa nas eleições para a presidência do clube.
## Memórias únicas vestido de azul e branco
Apesar de ter sido posteriormente demitido e substituído pelo argentino Martín Anselmi, Vítor Bruno agradeceu a Pinto da Costa «cada palavra, cada momento de partilha, cada olhar, todas as vivências, todos os ensinamentos» que lhe proporcionou durante a sua passagem pelo clube.
«O presidente possibilitou-me construir memórias únicas vestido de azul e branco, das mais belas memórias que tenho na vida e que me deixam de lágrima caída quando as recordo. Foi o Presidente que me deu a possibilidade de vestir os meus filhos de azul e branco e de os dotar de um portismo sem igual, a possibilidade de concretizar um sonho que jamais pensei ser possível, ser campeão pelo Futebol Clube do Porto», acrescentou.
## Legado que deixa orgulho
Vítor Bruno, que conquistou a Supertaça no início da época, o primeiro título como treinador principal, destacou ainda a «paixão, energia, força, tenacidade, coragem» que viu na Avenida dos Aliados, no Porto, no dia da morte de Pinto da Costa, considerando que esse legado «deve enchê-lo de orgulho».
«Bravo, presidente. Construiu um império e o legado que hoje deixa deve enchê-lo de orgulho. Todas estas memórias são da sua responsabilidade e esse ónus ficará para sempre consigo», concluiu o técnico.