O mundo do futebol português está de luto pelo falecimento de Jorge Nuno Pinto da Costa, que durante 42 anos presidiu o FC Porto e se tornou o dirigente desportivo mais titulado de sempre. Pinto da Costa, que morreu aos 87 anos vítima de cancro, deixa um legado indelével no clube do norte, com o qual se confunde a própria história do FC Porto.
Para João Rafael Koehler, empresário e candidato a vice-presidente nas últimas eleições do clube, a história do FC Porto «confunde-se com a de Jorge Nuno Pinto da Costa». Nas suas palavras, o ex-presidente «deu tudo o que tinha ao nosso clube e fê-lo sempre com brio, fidelidade, devoção e uma incomparável competência». Koehler, que integrava a lista de Pinto da Costa, lamenta a perda de «um grande amigo», do qual se orgulha «de sempre ter servido e nunca ter traído».
O Legado de Pinto da Costa
Empossado pela primeira vez em 1982, Pinto da Costa liderou o clube durante 15 mandatos consecutivos, conquistando um total de 2.591 títulos em 21 modalidades diferentes, incluindo 69 no futebol sénior masculino, dos quais 7 internacionais. Sob a sua presidência, o FC Porto afirmou-se como uma das potências do futebol europeu, conquistando múltiplas Ligas dos Campeões, Taças UEFA e Supertaças Europeias.
A morte de Pinto da Costa, que em 2021 havia sido diagnosticado com cancro da próstata, ocorre menos de um ano depois da sua derrota nas eleições presidenciais do FC Porto, nas quais foi derrotado por André Villas-Boas. Apesar deste revés, o legado do histórico dirigente permanece intacto, com Koehler a esperar que «quem não esteve à altura no respeito pelo seu legado, tenha no futuro consideração pela sua memória».
O «Eterno Presidente»
O FC Porto e o futebol português perdem assim uma figura incontornável, cujo nome ficará para sempre associado aos maiores êxitos e conquistas do clube do norte. Pinto da Costa, o «eterno Presidente», deixa uma marca indelével no desporto nacional e internacional.