A morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, aos 87 anos, marca o fim de uma era no futebol português. O ex-presidente do FC Porto foi uma figura incontornável no clube e no desporto nacional, tendo liderado o clube portista durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, um recorde inigualável.
Uma vida dedicada ao FC Porto
Pinto da Costa era conhecido como um «lutador» que fez «tudo em nome do clube», mesmo que isso implicasse «sacrifício da sua vida e da sua própria pessoa», como lembrou o seu amigo Lourenço Pinto, antigo presidente da Associação de Futebol do Porto. O dirigente conseguiu levar o FC Porto a conquistar 2.591 títulos em 21 modalidades diferentes, incluindo 69 no futebol sénior masculino, sete dos quais a nível internacional.
«Era um lutador, fez tudo em nome do clube, por vezes com sacrifício da sua vida e da sua própria pessoa. Mas, conseguiu para o Porto, para o país e para o norte, aquilo que era o que mais desejava, as vitórias do seu clube do coração», afirmou Lourenço Pinto.
Um legado indelével
O advogado definiu Pinto da Costa como «um homem bom» que marcava sempre pela «capacidade, dialética, força e saber», deixando «uma marca indelével e um legado ao FC Porto, de enorme dimensão». De facto, o ex-presidente era muito respeitado pelos seus pares em clubes como Milão, Madrid ou Roma.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e o seu estado de saúde agravou-se nas últimas semanas, menos de um ano depois de ter perdido as eleições para a presidência do clube frente a André Villas-Boas. Apesar da derrota, a sua longa e bem-sucedida carreira à frente do FC Porto ficará para sempre marcada na história do clube e do futebol português.