Luto no FC Porto pela morte de Pinto da Costa, a maior figura da sua história
O FC Porto está de luto pelo desaparecimento de Jorge Nuno Pinto da Costa, que morreu este sábado aos 87 anos. Pinto da Costa deixa para trás um legado único que orgulha toda a nação azul e branca.
Pinto da Costa assumiu a liderança do Departamento de Futebol do FC Porto em 1977, numa altura em que o clube tinha apenas 52 mil associados, concentrados principalmente na região do Porto. Desde então, tudo mudou. Sob a sua presidência, que durou 42 anos, o FC Porto transformou-se num verdadeiro gigante do futebol, conquistando 2.591 troféus - um número impressionante, especialmente quando comparado aos apenas 16 títulos conquistados nos 89 anos anteriores à sua eleição.
O legado de Pinto da Costa
«Jorge Nuno Pinto da Costa dedicou toda uma vida para colocar e elevar o nome da Instituição ao topo do mundo», afirmou André Villas-Boas, em reação à morte do antigo presidente. «Entregou-se de corpo e alma ao Clube e pelo caminho formou homens e mulheres, jogadores e atletas orientados para a vitória e assentes na defesa dos mais elevados princípios com que defendeu o nosso símbolo e ajudou a formatar os valores do Futebol Clube do Porto.»
Pepe, antigo capitão e central do FC Porto, também se despediu de Pinto da Costa, descrevendo-o como «líder, amigo, nobre, indomável e leal». Já Diogo Costa, guarda-redes atual, destacou que «ter tido o privilégio de partilhar momentos» com o ex-presidente «foi uma honra que guardarei para sempre».
As conquistas do clube sob Pinto da Costa
Sob a liderança de Pinto da Costa, o FC Porto sagrou-se campeão da Europa e do Mundo em várias modalidades, conquistou 23 campeonatos nacionais, 22 Supertaças, 15 Taças de Portugal, duas Taças Intercontinentais, uma Taça dos Clubes Campeões Europeus e outra Liga dos Campeões, uma Taça UEFA e uma Liga Europa, uma Supertaça Europeia e uma Taça da Liga. O clube cresceu dos níveis local e regional para as escalas europeia e mundial, tornando-se o melhor clube português.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também lamentou a perda, afirmando que «o que mais deve avultar é aquilo que o país fica a dever de prestígio externo num período inseparável da sua liderança».