Unir o futebol amador e profissional
Pedro Proença, de 54 anos, foi eleito novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), sucedendo a Fernando Gomes. O gestor, que se destacou pela sua determinação, organização e capacidade de liderança à frente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), é visto como alguém que poderá unir o futebol amador e profissional em Portugal.
«Não tenho dúvida de que vai ser determinante para unir o futebol amador ao profissional. Sendo tão determinado e organizado, acho que conseguirá ser um pouco o ministro do futebol e agregar todas aquelas entidades que estão à volta da FPF e que, muitas vezes, entravam em guerrilha», reconheceu a advogada e árbitra do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), Sónia Carneiro, que trabalhou com Proença na LPFP.
Liderança e resiliência comprovadas
Sónia Carneiro destacou a capacidade de liderança, resolução de problemas e resiliência de Proença, exemplificando com a forma como o dirigente conseguiu articular com as autoridades sanitárias e governamentais para manter o futebol a funcionar durante a pandemia de Covid-19.
«Tivemos o mundo parado e o futebol foi o grande exemplo para que o país retomasse a normalidade. Ele teve uma importância fundamental na articulação com as instituições, a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Ministério da Saúde e o Governo, apesar daquela ideia inicial de que o futebol ficaria de parte», sublinhou Sónia Carneiro.
Um novo ciclo para o futebol português
O ex-árbitro internacional Duarte Gomes, amigo próximo de Proença, elogiou a sua determinação, método de trabalho e profissionalismo, comparando-o ao compromisso de Cristiano Ronaldo.
«É a pessoa que conheço que mais afincadamente consegue atingir os seus objetivos em função do planeamento e do método que impõe a si próprio e tem uma vantagem muito grande, entre outras, que é a dar o exemplo: é o primeiro a chegar, o último a sair e, quando exige [uma tarefa], já fez e, se calhar, a dobrar, com mais afinco e consistência», afirmou Duarte Gomes.
Proença deixa para trás uma década à frente da LPFP, onde conseguiu transformar o organismo numa entidade lucrativa e unir os clubes em torno de objetivos comuns. Agora, o gestor enfrenta o desafio de replicar esse sucesso na Federação Portuguesa de Futebol, com o objetivo de melhorar ainda mais o futebol nacional.
«Estou convencido de que vamos ter um antes e depois, seja num ciclo de quatro, oito ou 12 anos», projetou Duarte Gomes.