A sociedade anónima desportiva do FC Porto divulgou os resultados financeiros da primeira metade da época 2024/25, revelando um aumento do ativo, mas também do passivo. O presidente portista, André Villas-Boas, destacou a «satisfação» com o resultado positivo de 334 mil euros registado no período até 31 de dezembro de 2024.
Regularização da situação financeira
Villas-Boas reconheceu que a situação financeira do clube era «limite» no início do mandato, com o clube a enfrentar «um elevado número de constrangimentos financeiros recebidos do passado» e uma «forte redução de receitas» devido à ausência da Liga dos Campeões nesta temporada. No entanto, o dirigente afirmou que foi possível «regularizar as situações que colocavam o clube em risco», com a redução significativa do passivo de curto prazo, nomeadamente através da renegociação de dívidas a outros clubes, agentes e fornecedores.
Estratégia para o futuro
O presidente portista destacou a «abordagem criteriosa ao mercado de transferências» nas janelas de agosto de 2024 e janeiro de 2025, bem como a renegociação de contratos de «elevado impacto na sustentabilidade» do clube, como o acordo com a Ithaka. Além disso, o FC Porto conseguiu obter financiamento nos mercados de capitais, através da emissão de obrigações, tanto em colocação privada nos EUA como no mercado nacional.
Villas-Boas enalteceu também o «envolvimento dos sócios e adeptos» que se revelou «de vital importância» para o aumento de algumas receitas operacionais, bem como o «auspicioso início da época desportiva», com a vitória na Supertaça. O dirigente afirmou que a atual situação de «maior estabilidade e reforçada capacidade financeira» abre «perspetivas desafiantes, mas animadoras» para o clube.