Crescimento acelerado no Wolverhampton
Fábio Silva, de 22 anos, está a viver um dos melhores momentos da sua carreira no Las Palmas, onde leva 7 golos e 2 assistências em 18 jogos esta temporada. Em entrevista ao The Athletic, o avançado português recordou a sua saída do FC Porto, em 2020, quando foi contratado pelo Wolverhampton por 40 milhões de euros.
«Às vezes, as pessoas esquecem-se a minha idade, porque comecei cedo. Tive de que melhorar muito rápido no Wolverhampton. As pessoas esperavam uma coisa e às vezes esqueciam-se da minha idade por causa do preço», começou por explicar Fábio Silva, que atualmente se encontra emprestado pelos ingleses ao clube espanhol.
Saída precoce do FC Porto
O jovem jogador revelou que a ideia inicial era ficar mais tempo no FC Porto, mas que «tudo ao seu redor na sua vida era muito rápido». «A ideia era ficar dois ou três anos no FC Porto e jogar algumas partidas. Mas no futebol eu não controlava algumas coisas e, naquele momento, não conseguia fazer nada. Foi muito difícil, porque jogar numa equipa como o Wolverhampton não tens sempre a bola, então tens de sofrer e jogar em contra-ataque», prosseguiu.
Fábio Silva admitiu que chegou «aos 18 anos à melhor liga do mundo, com todo aquele barulho à sua volta» e que «sentia que não tinha tempo nem espaço para errar». «Tudo tinha de ser perfeito. Acho que sou diferente por causa disso, então tenho de viver com isso. Mas gosto de viver com essa pressão», acrescentou.
Apoio de Nuno Espírito Santo
Apesar das dificuldades iniciais, o avançado português destacou o apoio que recebeu de Nuno Espírito Santo, treinador que o orientou no primeiro ano no Wolverhampton. «O ano que passei com o Nuno foi muito bom. Foi o treinador que me deu poder e, desde o primeiro dia, foi muito honesto comigo. Disse-me que tinha de esperar pela minha oportunidade e confiar nele», revelou.
Estreia pela Seleção Nacional
Fábio Silva também falou sobre a estreia pela Seleção Nacional, em novembro de 2024, contra a Croácia. «Quando jogámos contra a Croácia, estava a sair do balneário para o aquecimento e olhei para mim mesmo e disse: 'finalmente estou aqui'. Estava tão orgulhoso da minha resiliência e paciência, que todas as coisas que fiz no passado me ajudaram a chegar aqui. Senti muito orgulho por treinar com o Cristiano [Ronaldo], mas estrear-me pelo meu país foi especial, porque é o sonho de qualquer criança», afirmou.