O clássico entre FC Porto e Sporting ficou marcado pela atuação de dois homens: Martín Anselmi, treinador dos dragões, e Morten Hjulmand, o talentoso médio dos leões.
Anselmi, o técnico argentino que chegou recentemente ao comando do FC Porto, mostrou toda a sua paixão e determinação durante o jogo. «Visto aos pulos na relva do Dragão, com a camisa desabotoada e os olhos brilhando, Anselmi encarnava a essência do futebol argentino, tão bem retratada por escritores como Eduardo Galeano, Jorge Valdano e Julio Cortázar», descreveu o jornal.
A reação de Anselmi na segunda parte
O treinador portista soube reagir com coragem e alterar o que era preciso na segunda parte, «injetando vida e crença na sua equipa a partir do banco». Sinais de «um grande treinador, de um tipo diferente, capaz de explicar com brilhantismo as suas decisões aos jornalistas».
Do outro lado, Morten Hjulmand, o jovem médio dinamarquês do Sporting, foi o «dono do jogo nos primeiros 45 minutos». A pressão do FC Porto não conseguiu identificar a «placa giratória» do futebol leonino, permitindo a Hjulmand pensar e executar com tempo e espaço.
Hjulmand, a voz do Sporting
O rapaz louro, «descoberto por Rúben Amorim em Lecce», provou ser «o melhor futebolista do campeonato português nessa primeira parte, com a devida licença de Viktor Gyokeres». Hjulmand «comanda a equipa com a sua voz, ordenando e motivando os companheiros. É a voz do megafone leonino, que ordena, motiva e castiga quando necessário».
Anselmi e Hjulmand foram os grandes protagonistas deste clássico. Enquanto o treinador do FC Porto brilhou na segunda metade, o médio do Sporting dominou a primeira parte. O jogo foi todo deles.
