Os quatro detidos na Operação Zelador, relacionada com as agressões ao vigilante do condomínio onde reside o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, começam a ser julgados em fevereiro. A primeira audiência está agendada para o dia 20, às 9h30, no Tribunal São João Novo, no Porto.
Segundo a acusação, os suspeitos, que aguardam julgamento em prisão preventiva, combinaram entre si na madrugada de 22 de novembro de 2023 de se apropriar «do máximo» de objetos e dinheiro que conseguissem e vandalizar carros e lojas comerciais na cidade do Porto «recorrendo mesmo a agressões físicas».
Furtos e agressões na Foz
Desta forma, em vários locais do Porto, em especial na zona da Foz, os arguidos apoderaram-se de bens e dinheiro do interior de dois estabelecimentos comerciais e de vários automóveis, além de os danificarem com recurso a um martelo.
Ainda durante essa madrugada, os suspeitos deslocaram-se até à residência do agora presidente do FC Porto, André Villas-Boas, que à data dos acontecimentos era candidato à liderança da presidência dos 'dragões', e agrediram o zelador do condomínio e furtaram-lhe o telemóvel e carro que usaram para praticar alguns dos furtos.
Acusação e apreensões
O Ministério Público requereu a condenação dos arguidos no pagamento ao Estado das vantagens da atividade criminosa, «sem prejuízo dos direitos dos ofendidos em serem ressarcidos dos prejuízos sofridos».
Os quatro homens, entre os 18 e 22 anos, estão acusados da prática, em coautoria, de 12 crimes de furto qualificado - cinco dos quais na forma tentada -, seis crimes de dano e um crime de roubo. Um deles responde ainda pelo crime de condução sem habilitação legal.
No âmbito da Operação Zelador, a PSP apreendeu um automóvel, um motociclo, diversos telemóveis, peças de vestuário, equipamentos e ferramentas.