Apesar do arranque promissor de época, o FC Porto vive um momento de crise profunda. Três derrotas consecutivas (frente à Lazio, Benfica e Moreirense) geraram um clima de insatisfação entre os adeptos, que não veem na equipa a atitude e identidade habitual.
«Não há ano zero que permita ao FC Porto repetir uma série de três derrotas consecutivas, nem somar maus resultados e recordes negativos fora de casa ou contra os rivais. Sobretudo, não há ano zero que faça sobrepor auditorias e portais da transparência à falta de atitude e identidade em campo», reflete um comentador especializado.
Dificuldades inesperadas
Quando o FC Porto se deslocou à Noruega para defrontar o Bodo/Glimt, no primeiro jogo da Uefa Europa League, «os azuis e brancos pareceram surpreendidos com as dificuldades criadas pela quase desconhecida mas muito competente equipa norueguesa. Alguma coisa tinha falhado...»
Apesar de um dezembro mais simpático, houve nova série de três derrotas seguidas e, apenas dois meses depois, o treinador Vítor Bruno está «na rua». «A segunda decisão mais importante a seguir à contratação também falhou.»
Cisões e desunião
Entre novembro e janeiro, «a situação piorou. Se antes a inexperiência e imaturidade do plantel serviam de desculpa, agora há cisões, desabafos no instagram, jogadores perdidos e aos murros no relvado e alguns eventualmente a querer sair.»
«A mensagem do treinador não está a passar. O presidente esperou mais dois meses para ver e assim deixou a equipa em pior estado. A próxima escolha será fulcral e reveladora: se Villas-Boas tiver passado dois meses sem pensar nela, é mais provável que falhe novamente.»